Mas diante da consciência de minha, ainda, falta de consciência, assim, inteira; dos pensamentos ainda desconexos, dos contínuos lapsos de memória, pensei comigo, vou esperar. Vou deixar para ler quando razão e emoção estiverem completos dentro de mim e puderem caminhar de mãos dadas. Quando as conexões entre meus pensamentos, meus sentimentos e minhas vísceras todas estiverem se restabelecido. O que conheço e me lembro de Caio pede que seja assim.
Eu tinha certeza, claro, que iria me entregar. Já trago Caio comigo há algum tempo. E a forte memória de que ele me revira por dentro. O que não imaginava era que a vida de Caio, todas as nuances, todos os tons, todas as vírgulas me provocariam muito além da admiração e da emoção. Quando o Felipe me indicou, me escreveu falando de identidade. Fiquei lisonjeada. Mas foi este o sentimento então, lisonja.
Com o tempo e com o virar de páginas, a lisonja começou a ceder espaço à essa identidade, que cresce, se avulta. À medida que vou lendo ela vai crescendo dentro de mim. E são tantos pedaços de Caio em que me vejo, que me emociono continuamente. Mais do mesmo. Ele em mim. Ele segue me conduzindo os pensamentos, as lágrimas, as vísceras todas... numa identidade que grita e mexe muito comigo... deep inside. Entrega. Não conheço palavra que descreva melhor esta minha relação com Para Sempre Teu, Caio F. , entrega!
Tanto dele me faz me reconhecer ali. Suas palavras, sua paixão por elas, vários modus operandi de sua escrita, seus hábitos, seu virginianismo, sua profunda inclinação aos excessos, todos, na vida e ao escrever; seu gosto por Jazz, seu hábito contumaz de levar amigos a amigos, fazer deles sua 'família fora de casa', tudo isto e muito mais...
Queria muito ler esta biografia. Não conseguia mais me segurar esperando a razão e a emoção fazerem as pazes em minha cabeça. E tinha certeza de que a emoção não teria papel coadjuvante nesta leitura. Seria, sim, protagonista full time. Como tem sido também em meus dias recheados das palavras dele.
Hoje, frequentemente, tropeço e Caio. Mergulho Fundo!
Para Sempre 'Meu', Caio F:
"Amor é a palavra que inventamos para dar nome ao sol abstrato em torno do qual giram nossos pequeninos egos ofuscados, entorpecidos, ritmados. A vida toda. Mas se me perguntarem o que quero dizer com isto, não tenho resposta. O que quero dizer é justamente o que estou dizendo. Não estou com pena de mim. Tá tudo bem. Tenho tomado banho, cortado as unhas, escovado os dentes, bebido leite. Meu coração continua batendo. Taquicárdico, como sempre. Dá licença, Bob Dylan: 'It's all right man, I'm just bleeding.' Tá limpo. Sem ironia. Sem engano. Amanhã, depois, acontece de novo, não fecho nada, não fechamos nada, continuaremos vivos e atrás da felicidade, a próxima vez vai ser ainda, quem sabe, mais celestial que esta, mais infernal também, pode ser, deixa pintar. Se tiver aprendido lições (amor é pedagógico?), até aproveito e não faço tanta besteira. Mas acho que amor não é cursinho pré-vestibular. Ninguém encontra seu nome no listão dos aprovados. A gente só fica assim. Parado, olhando a medida do Bonfim no pulso esquerdo, e pensando, pois é, vejam só, não me valeu."
Mas valeu ler o que ele escreveu!!!!
ResponderExcluirMárcia Araújo
Poliana, sou aluna da sua mãe e estou encantada com o seu blog! sou apaixanoda pelo caio F. Abreu, e estou amando ler tudo que vc tem escrito aqui! Sua história tem me emocionado muito.. ler tudo que vc posta aqui tem sido maravilhoso! Parabéns, vc merece tudo de bom! Beijos, Estefânia
ResponderExcluirE eu gostaria de ''...te dizer pra não parar de remar, porque te ver remando me dá vontade de não querer parar também'' Caio Fernando Abreu''
ResponderExcluirBeijos, Estefânia
ei garotas!!! estou muito feliz de vê-las aqui!!!! voltem sempre!!! meu prazer!!! E Caio é minha paixão número um em termos de palavras escritas!!!!
ResponderExcluiraaaaaaah,não tem coisa melhor do que se apaixonar por Caio Fernando de Abreu! fico feliz por voce ter se encontrado nele :) " barquinho na correnteza, Deus dará."
ResponderExcluirPoliana, depois de um dia corrido, quando todos sobem e se preparam pra dormir, quando o clube do bolinha se reúne em torno do video game eu tomo um banho, desço pego um café e esquento as mãos. O coração esquento mesmo lendo vc. Beijo, Andréa
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