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segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

nas asas da arte


Ontem, pela boca de Riobaldo, Guimarães Rosa me trouxe uma frase , via rede social, que peguei para legendar minhas ideias e vontades desde sempre. Peguei, anotei e guardei na mala.

Hoje, reeducando meu corpo nos compassos, dança e contradança de uma corrida, que me escapa, Cibelle, em Nouvelle Vague, cantou para mim e legendou também (e tão bem) este meu momento, minha incansável peleja com aquilo(s) que tentam se colocar para mim como limitações.

De Guimarães Rosa a Nouvelle Vague, vou traduzindo minhas incansáveis buscas... pelo que sou, pelo que amo e pelas descobertas...

Na minha tradução, Rosa:

"O senhor concedendo, eu digo: para pensar longe, sou cão mestre – o senhor solte em minha frente uma idéia ligeira, e eu rastreio essa por fundo de todos os matos, amém!.

E das ideias ligeiras com Riobaldo, passo a voos por ventos de mudança, avec Cibelle:

"Give me some feathers so that I can stop it and fly
And glide up
Like a little bird and glide up
Like an eagle
With gigantic wings
Master the winds of change
Master, winds of change
Reborn again
Like a phoenix
Help me, I'm gonna fly
Help me
Help me, I'm gonna fly so high
Like a phoenix
Born again like a Phoenix

Nouvelle Vague

domingo, 14 de dezembro de 2014

fechado para balanço


Em processo intenso de produção de palavras outras, dei férias à Louca da Casa. Palavras outras porque dotadas de forte racionalidade e teor científico até, elas fogem, escapam ao dialeto de devaneios da protagonista deste blog.

Uma monografia de recheio jornalístico, dentro, portanto, do universo de meu prazer, ela escapa, na forma, ao que cabe aqui nestas páginas. São muitos apud, org, referências e citações para uma escrita no ritmo do prazer. São muitas regras, enfim.

Vez por outra, no entanto, acontecerá de não conseguir segurar a Louca e deixar que ela acorde desta hibernação que lhe foi imposta.  Vezenquando a música, o filme, a literatura, as artes falam muito alto, me tiram de meu centro monográfico e a despertam muito imperativa na ânsia de expressar devaneios intensos provocados por sua lógica em uma história, em telas ou em páginas ou por cores e formas de qualquer exposição porque passe ou em um ritmo novo que lhe atravesse os ouvidos.

E com ela assim, acordada e querente, não há quem possa. Ela quer e faz. Ela cala a Guerra dentro de mim, por maiores e mais defensáveis que sejam minhas razões e faz uma festa com as palavras em minha cabeça.

E canta para mim, desdenhosa: ‘apesar de você...’

E  eu cedo.  À Louca, à arte, à beleza.