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terça-feira, 29 de dezembro de 2015

confessionário digital


Nestes primeiros intensos dias de mãe (afetiva e ocupacionalmente!), vejo que o que sempre enxerguei e classifiquei como vantagem, qualidade, benefício  ou qualquer  outra palavra dando um tom positivo à minha vida e personalidade e, sobretudo, em processos de recuperação pós acidente, se transforma ou se revela agora, obstáculo.

É que a organização e as regras sobrepostas, característica dos  nascidos  entre Agosto e Setembro, não contava com este plus  a mais exponencial e com o tom de prioridade que a maternidade carrega. Prioridade que ela é, aliás. A moça do signo que sempre equacionou bem afazeres e regras, organizando em níveis hierárquicos, objetiva e subjetivamente (em uma equação complexa, acreditem!), agora se perde.

É que a maternidade carrega evidente prioridade zero consigo. Tá bom. Eu sei, não só aceito, mas penso, de fato, desta maneira, mas me confundo em todo o resto e assim, me vejo qual uma principiante atrapalhada nos afazeres cotidianos.  Não sei mais equacionar afazeres, planos e obrigações em minha vida, que não a vida dele. 

Me custa pensar e definir objetivos e ‘to dos’ para algo além da maternidade. Será que esta entrega diminui com o fim da licença? Ou, ao menos, se torna conciliável com outras demandas? Preciso aprender a conjugar este amor que me é tão intenso porque me ocupa o coração inteiro! Preciso aprender a ser dois!