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quarta-feira, 25 de maio de 2011

mais do mesmo... muito mais do mesmo... Pedro Juan no Congresso

Porque foi uma presença, no mínimo, excitante!!! Inesperada, diversa e excitante!!!

Questionado sobre o fato de sua literatura ser tão diversa em relação àquela dos escritores que mais admira, quais sejam, Kafka, Cortázar, Herman Hesse e Carpentier, Pedro Juan retruca: "A los dioses, se admira, no se los imita.".

Disse ter começado tardiamente na literatura. Antes, se dedicava inteiramente ao jornalismo. As agruras do regime Cubano o levaram a buscar um caminho alternativo, afrouxando os laços do controle e da censura.

No encalço da liberdade para criar, se entregou à literatura. E começou com muita "fúria", em função dos condicionamentos todos e desta censura a que o condicionavam enquanto jornalista.

E por aí seguiu e construiu seu caminho, colando fragmentos da realidade, lutando contra o politicamente correto e nos presenteando com um realismo sujo original, com ares, e sol, caribenhos, uma literatura viva.

domingo, 22 de maio de 2011

pequeno notável - Congresso Internacional de Jornalismo Cultural

Em um congresso recheado de renomados nomes dentro da comunicação ou do jornalismo, parece mesmo natural que um nome como o de Zeca Baleiro não trouxesse qualquer holofote consigo. De fato o nome não brilhou frente a meus olhos e não foi um dos destaques que propagandeei.

A pérola do dia foi este inesperado, esta surpresa. E o fato de não esperar nada contou muitos pontos nesta 'classificação'.

Ele participou de um debate confrontando a produção musical contemporânea e sua crítica especializada.

E ele desarmou a crítica e provocou risos entre colocações divertidas e inteligentes. Questionando possíveis parâmetros desta crítica, argumentando a possibilidade de se basear em gosto pessoal e sugerindo, por exemplo, a crítica da crítica.

O mundo dos comunicólogos, a que, pouco a pouco, vou regressando agradece participações assim tão inusitadas e tão bem colocadas.

Volte Sempre, Zeca Baleiro!

domingo, 15 de maio de 2011

falha minha...

A intenção era fechar um dia despretensiosamente bom com chave de ouro. Depois de um bom almoço regado a cervejinha gelada e temperado com um bom e reconhedido chimichurri, na Vila, seguido de um cafezinho e sobremesa na Bella Paulista, um bom filme, seria, sem dúvida, a melhor pedida para fechar bem a tarde.

O que prometia ser uma escolha diversa, criativa e curiosa se revelou imersa em estereótipo.

A escolha do dia foi Bollywood Dreams e a falha do dia, minha! E o filme conta de atrizes brasileiras que decidem tentar a sorte na Índia. Mais especificamente, tentar a sorte como atrizes em Bollywood. O que tinha potencial para um bom roteiro original se mostra, além de estereotipado, caricato e absolutamente amador, no mau sentido.

Abusa no foco às excentricidades de um país culturalmente (e geograficamente! ;) tão distante. A impressão é que tenta se fazer desta notória excentricidade, a base de um roteiro original dentro do conjunto dos filmes estrangeiros. Mas este não hollywoodiano, não bollywoodiano, revela-se também não estrangeiro dentro do perfil que este 'conceito' abarca.

Perdão meninos! Fico devendo uma boa escolha!

sábado, 14 de maio de 2011

meu caminho, passo a passo...

Estou percebendo, aqui comigo, que daqui a pouco não terei mais histórias dessas adornadas com o prefixo RE, reaprendendo, revivendo, relembrando, para contar aqui. Vejo elas se esgotando à medida que vou chegando ao fim deste longo percurso que se interpôs em meu caminho, chamado REcuperação.

A historinha da vez é minha trajetória para voltar a correr. Sempre gostei muito de correr. O suor, o esgotamento, o cansaço físico pleno produziam em mim uma espécie de catarse. E claro, depois de tudo que vivi e passei, deixei de correr. Não tinha equilíbrio nem coordenação para tanto mais.

Poliana que sou, não soube (e não sei) aceitar um "não consigo" assim, estando eu 'de posse' de minhas 'faculdades' motoras todas. O equilíbrio e a coordenação que dêem seu jeito e voltem para me acompanhar!

Pues... tudo começou em um lindo dia de sol! ;-) Bueno, um cinzento dia de chuva fica mais realista para São Paulo, cenário deste capítulo do filme de minha vida.

Bueno, verdade seja dita, já havia tentado (e conseguido) correr antes! Mas segurando em minha mãe, que corria ao meu lado e fazia as vezes de bengala. Sozinha... nunca.

Comecei a correr em uma praça próxima de minha casa. Não tinha a remota intenção de tentar correr n'uma esteira. Só de ver aquele 'bicho' se mexendo, já me desequilibrava!

Pues, comecei com caminhadas mais apressadinhas até apertar o passo o suficiente para começar a trotar. Ao final de uns 10 dias já conseguia correr bem, desde que o terreno não fosse acidentado.

Decidi então começar a tentar correr na esteira. Depois de uma semana caminhando, consegui um galopezinho. MAS, PORÉM, CONTUDO, NO ENTANTO, segurando! Soltar as mãos, NEM DE JEITO NENHUM.

Comecei então uma terapia, à moda da casa, para soltar as mãos. Primeiro, caminhando, claro. Comecei tirando as mãos quando estava a 4 KM por hora. Fui, bem aos poucos, aumentando esta velocidade e ao final de duas semanas já conseguia caminhar na esteira, sem me segurar, quase na velocidade da luz, a 6,2 KM por hora. E aí, travas mil me seguraram e passei outros 10 dias neste mesmo ritmo. Somente caminhando, sem as mãos. Todos os dias chegando aos 6,2!

Fiquei implicada comigo de não estar evoluindo NADA. Permanecendo nos 6,2, sem qualquer tentativa de estripulias 'corredoiras'. Ao que, uma manhã, me sentindo mais equilibrada que o normal, decidi dar a cara a tapa e tentar, enfim, alavancar uns passos mais largos, uma corridinha.

E consegui!!! Um galopezinho seria uma descrição mais justa. No primeiro dia foram 3 longos minutitos na extremada velocidade de 6,5KM/H! Esta última sexta-feira foi meu terceiro dia galopante. Cheguei a 7 KM/H e fiquei 7 minutos correndo. Agora que perdi o 'cabaço', tenho para mim metas de me superar, todos os dias!!!

E assim sigo meus dias com esta meta de superar o dia anterior! Em TUDO!!!!!!!!!!!!

quarta-feira, 11 de maio de 2011

lucro absoluto

A vida insiste em me provar inúmeras e incansáveis vezes o valor de se investir em relações, em pessoas. Eu já disse que concordo. Concordo, aceito e tenho absoluta consciência de que tenho sido testemunha permanente de tal fato. Testemunha não, alvo!

E confesso absoluto prazer em ser o alvo da vez. Alvo de desmedidos carinho, atenção, dedicação, amizade, amor, desmedidos etc e incontáveis reticências...

E no meu caso, este é um investimento absolutamente rentável. Incomparável. Tenho tido retornos desmedidos, incomensuráveis. Ou eu é que não sei medir. Porque este retorno chega a mim sob a alcunha de felicidade. Como se mede isto? Em sorrisos, em carinhos, engasgos de alegria, em se cantar caminhando pela rua sem se preocupar com os que te olham? Como?

Dia desses fui almoçar com uma turma de meu antigo trabalho. Atuais e antigos amigos de meu antigo trabalho... Opa, opa!!! Isto dá uma operação matemática: Antigos X Atuais = Eternos!!!!

Então... fui almoçar com estes antigos e atuais amigos e o carinho em meu coração foi desmesurado. E fechei o dia na casa de uma outra Amiga, com outros amigos. (Que pleonasmo amigável mais gostoso!)! Saí de lá com um sorriso que não conseguia tirar do rosto. Passei alguns dias rindo com a alma, com os olhos e com o coração!

Adorei cada fatia desta sexta feira. Cada palavra, cada abraço, cada brinde, cada sorriso, cada carinho, TODO SENTIMENTO!

domingo, 8 de maio de 2011

the lemon tree

O conflito judeu-palestino, neste filme, não está nos diálogos, em bandeiras erguidas, em discursos inflamados, qualquer retórica dos personagens. Não. Neste ponto o filme cala. É o contexto, a vida dos personagens que nos guia por estes meandros.

Um senhora cuida, e vive, de um pomar de limões. Uma viúva palestina, da Cisjordânia. O ministro da Defesa de Israel torna-se seu vizinho, exatamente do outro lado da "linha divisória" com o mundo judeu. Na sequência de sua chegada, decidem derrubar o limoeiro, pela "ameaça concreta" que representa à segurança do ministro.

A dona dos limoeiros dá uma feição humana a este contexto potencialmente tão bélico. A discrição de Salma merece atenção. Todas as preocupações, dores, indignações, tudo se condensa em seus olhares. Todo o sentimento.

O valor dado aos limoeiros que querem lhe tirar e pelos quais ela luta bravamente, em um campo de batalha de poderes, assim, tão desiguais, é um valor absolutamente pessoal. Alocado nas raízes da história pessoal dela.

A força das mulheres é destaque neste filme. A delicadeza das relações femininas se sobrepõe à força político-econômica e às convenções sociais tão nítidas nos mundos árabe e judeu.

E a trilha sonora soma nesta delicadeza e conduz lindamente esta história tão rica em sutilezas e tão densa em significado.