A ideia é que os artistas preparem um set list pessoal,
exclusivo para a apresentação. Um set list entremeando produções de sua
carreira e repertório significativo para sua formação musical, com canções
oriundas de fontes diversas, desde aquelas referências de infância.
O projeto ‘Sala de Estar’ do SESC Pompéia convida, assim diferentes
músicos para execução de repertório significativo em sua formação e na
consolidação de sua carreira, legendados por intervenções narrativas, nos contextualizando
a todos como e porque tal música carrega significados em sua vida ou dentro de
sua obra. Tudo feito em tom de bate papo, como em suas salas de estar.
E esta noite era
Guilherme Arantes que bem conduziu o tom intimista dado pelo projeto,
inaugurando-o com maestria. Transformando o palco em sua sala, ele trazia seu
piano, uma grande orquídea, um excelente repertório de formação, muitas
contextualizações feitas causos, ricos e
bem humorados.
Assim entre causo e outro, Arantes nos introduziu dois de seus
pilares de formação (e de gosto) musical. Rock progressivo, com músicos citados
e apresentados (Yes, Vangelis, Pink Floyd, entre outros) e ainda Milton Nascimento e toda
esquina em seu entorno (Clube da Esquina). As legendas de suas interseções com
aquelas canções e aqueles artistas eram todas apresentadas com humor, traduzindo
opções de repertório. E na sequência, apresentava suas canções que guardam alguma relação com
aquelas referências.
Entre canção e outra, entre referências várias, Arantes
afirma que sua música flui muito mais pela mão que pela voz e segue, entre
tecla e outra, nos relatando sua trajetória, de sucesso comercial pop a músico
independente.
Com humor incansável nos conta as fórmulas de construção dos
hits de novelas, as exigências, as possibilidades e desvios - a censura e os possíveis contornos. Informalmente,
seguia tocando suas referências e aquelas que lhe vinham à mente e seguia
comparando, os tempos de hoje à sua época.
Entre fórmulas de hits, lembra que os seus colocavam Luan Santana no chinelo (palavras minhas!) e estouravam,
na boca de todos, de março a outubro.
E cantando, fechou: “Adeus também foi feito pra se dizer, bye bye, so long, farewell”!!!
E de pé aplaudimos!
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