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domingo, 3 de maio de 2015

prosa musical


A ideia é que os artistas preparem um set list pessoal, exclusivo para a apresentação. Um set list entremeando produções de sua carreira e repertório significativo para sua formação musical, com canções oriundas de fontes diversas, desde aquelas referências de infância.

O projeto ‘Sala de Estar’ do SESC Pompéia convida, assim diferentes músicos para execução de repertório significativo em sua formação e na consolidação de sua carreira, legendados por intervenções narrativas, nos contextualizando a todos como e porque tal música carrega significados em sua vida ou dentro de sua obra. Tudo feito em tom de bate papo, como em suas salas de estar.

 E esta noite era Guilherme Arantes que bem conduziu o tom intimista dado pelo projeto, inaugurando-o com maestria. Transformando o palco em sua sala, ele trazia seu piano, uma grande orquídea, um excelente repertório de formação, muitas contextualizações  feitas causos, ricos e bem humorados.

Assim entre causo e outro, Arantes nos introduziu dois de seus pilares de formação (e de gosto) musical. Rock progressivo, com músicos citados e apresentados (Yes, Vangelis, Pink Floyd, entre  outros) e ainda Milton Nascimento e toda esquina em seu entorno (Clube da Esquina). As legendas de suas interseções com aquelas canções e aqueles artistas eram todas apresentadas com humor, traduzindo opções de repertório. E na sequência, apresentava suas  canções que guardam alguma relação com aquelas referências.

Entre canção e outra, entre referências várias, Arantes afirma que sua música flui muito mais pela mão que pela voz e segue, entre tecla e outra, nos relatando sua trajetória, de sucesso comercial pop a músico independente.

Com humor incansável nos conta as fórmulas de construção dos hits de novelas, as exigências, as possibilidades e desvios -  a censura e os possíveis contornos. Informalmente, seguia tocando suas referências e aquelas que lhe vinham à mente e seguia comparando, os tempos de hoje à sua época.  

Entre fórmulas de hits, lembra que os seus colocavam Luan Santana  no chinelo (palavras minhas!) e estouravam, na boca de todos, de março a outubro.

E cantando, fechou: “Adeus também foi feito pra se dizer,                                                                 bye bye, so long, farewell”!!!

E de pé aplaudimos!

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