É que eu gostei da história deste single da Gal e quis, também falar, escrever dele, introduzindo–no através de minhas notas pessoais e particulares, numa preliminar de foro íntimo (sugestivo, han?!).
Pois, começando pelas tais notas, é uma (outra) confissão digital. É o
seguinte: que eu sou é eu mesma, isto eu já contei trocentas vezes, já sei, mas a novidade da revelação aqui é que ‘eu mesma’ só existe através de um mundo de outros, vocês e eles. Aha!!!! Vocês não imaginavam, né!?!
É assim: eu me construo permanentemente por influência e referência alheias, sempre e muito. É por isto que poli são várias! Eu sou é todos nós, juntos e misturados! Meus grandes castelos de música, literatura, arte, lugares, jantares, amigos e amores se ergueram por referências múltiplas; aqui, ali, em qualquer lugar.
É assim: eu me construo permanentemente por influência e referência alheias, sempre e muito. É por isto que poli são várias! Eu sou é todos nós, juntos e misturados! Meus grandes castelos de música, literatura, arte, lugares, jantares, amigos e amores se ergueram por referências múltiplas; aqui, ali, em qualquer lugar.
Pois então, vamos prosseguir, senão a Louca se perde em seus devaneios.
A referência de hoje é uma rádio lá dos cafundó do sul, bem lá embaixo, em nossa
cartografia tupiniquim. A estação Itapema de Santa Catarina, indicação antiga
de um amigo, só agora consumada, me trouxe o novo single da Gal, recém lançado.
A referência é a rádio portadora da novidade, não a cantora. Porque a Gal, esta já anda
comigo há muitas voltas deste mundo!
Pois bem, quando Itapema me lançou a música naquela voz absolutamente familiar, pungente e
marcante e eu não conhecia, parei tudo e fui pesquisar. Eu me pretendia
estratosfericamente atualizada no repertório da Gal (último lançamento, ano
passado: Gal Estratosférica!). E descobri uma historinha original por trás da
nova canção e sua iniciativa.
Aqui é que vem a parte dois da história, o que li e quero repetir, ao
som de Gal, Fatal, Tropical, Legal, Plural (nomes de alguns álbuns em sua
discografia!).
Estavam sentados proseando em um buteco (não, não é caso mineiro, é
coisa de carioca –
bahiano, ou vice–versa. É só licença poética, dá licença!) o
poeta carioca Omar Salomão, filho do Waly Salomão e Marcus Preto, produtor dos
trabalhos recentes de Gal, quando o primeiro falou para o segundo que toda vez
que escutava Gal cantando a música Sua Estupidez, de Roberto e Erasmo, se
enchia de certeza de que ninguém diz “eu te amo” como ela ali, naquela canção. Ao que o segundo perguntou ao primeiro porque ele não fazia uma
letra sobre isto.
Marcus Preto pós sessão buteco, já com a Gal! |
Letra feita, a “idéia” foi enviada ao músico capixaba Silva, parceiro da
Gal, como tecladista e violinista, em outras iniciativas, para que musicasse.
Ele se inspirou em Amy Winehouse e Etta James, paixões de Gal, e deixou Pupillo, da Nação,
arranjando, na direção musical.
E o resultado é, por enquanto, isto tudo tanto que podemos ouvir aí no link. Gal se traduzindo com “Palavras no Corpo”, primeiro single sinalizando promissor lançamento da artista em Agosto, pela Biscoito Fino, como nos tem marcado sua produção, desde Recanto, sobretudo!
Deixo com vocês, com a “Palavra no Corpo”, Gal:
“Ninguém diz
eu te amo
Ninguém diz
eu te amo
Ninguém diz
eu te amo
como eu…”
Deixo com vocês, com a “Palavra no Corpo”, Gal:
“Ninguém diz
eu te amo
Ninguém diz
eu te amo
Ninguém diz
eu te amo
como eu…”