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sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

uma resenha com o pezinho na filosofia...

Acabo de ler uma resenha crítica sobre um livro de arte que coloca em pauta uma questão filosófica. O dito "princípio da incerteza", segundo o qual, ao observar um fenômeno natural, os homens acabam por alterá-lo, sugere, assim, que a realidade só existe enquanto observada, modificada, sentida por nós. A realidade não teria vida própria. Estaria em nossos olhos, nossos sentidos, nossa percepção, nosso tato, nossas víseras, nossa avaliação!

Há, por exemplo, o belo? Efetivamente? Ou somos nós a atribuir beleza, a classificar segundo critérios, parâmetros pré-definidos? O bem? O mal?

Um pouco mais fundo: o correto, o verdadeiro, o ético, têm existência própria? Podem sim, ser conceitos tremendamente relativos, alinhados à cultura local. Mas acredito que nenhum destes conceitos ou valores ou idéia existiria sem a avaliação e criação de critérios. Para x ou para y. Mas para que eles existam têm de ser parte da 'consciência coletiva'.

Avaliando, classificando, julgando e validando. Assim seguimos criando conceitos dos quais nos valemos em tudo que vivemos.

Ah! E o livro em questão - Sete Dias no Mundo da Arte: E a arte, como fica nessa? Como se classificam obras primas? Em que momento se daria uma suposta validação? E aqui, a disussão segue por um caminho oposto. A arte é um campo que acolhe bem a relativização de conceito e critérios de quem vê. TUDO pode ser arte.

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