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quarta-feira, 2 de março de 2011

expectativas

A expectativa, muitas vezes, conduz a direção do olhar e, outras tantas o peso da avaliação. Engordei meu curriculum cinematográfico com dois filmes esta última semana.

O primeiro, 127 Horas, do qual não havia lido NADA a respeito. Nenhuma crítica ou pretensa avaliação. A sinopse, já na sala de cinema. E ponto. Fui, então, desarmada. Não esperava nada. E gostei bastante. Achei que o filme, com o tema que tem, escapa muito bem de esperados e previsíveis clichês. Seria muito fácil explorar lados sentimentalóides num filme desta natureza. Mas não. O filme é um ótimo retrato da perseverança. Perseverança, força e humor, apesar da dor.

O outro foi O Discurso do Rei, tão bem avaliado, tão comentado, tão oscarizado. E sim, gostei do filme. Mas confesso que esperava mais. Gostei e ponto. Só não achei assim tãããão digno de tudo. O que mais gostei no filme, além da interpretação do Rei, enquanto gago, foi do notório humor inglês. O Rei estava impecável enquanto gago. Quase nos fazia empurrar a fala nos engasgos que ele tinha. Nos trazia uma certa tensão aquele discurso na iminência de acontecer, que agarrava. E o Geoffrey está ótimo enquanto fonoaudiólogo prático. "Um ninho de Mafagafos" me trouxe um riso n'alma!

Um comentário:

  1. Renato Martins da Costaagosto 18, 2011

    Assisti 127 horas achando que seria um filme bem previsível, porque já tinha ouvido falar da história do alpinista. Porém me surpreendi, pois o filme vai muito além do acidente.
    Os pensamentos, as memórias e os delírios do personagem são fantásticos. E o climax é supertenso, tive a sensação de sentir a dor que o personagem sente.

    Gostei de O Discurso do Rei. E tambem concordo que ele não "tãããão digno de tudo", principalmente do Oscar (que deveria ter sido do Cisne Negro).

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