A expectativa, muitas vezes, conduz a direção do olhar e, outras tantas o peso da avaliação. Engordei meu curriculum cinematográfico com dois filmes esta última semana.
O primeiro, 127 Horas, do qual não havia lido NADA a respeito. Nenhuma crítica ou pretensa avaliação. A sinopse, já na sala de cinema. E ponto. Fui, então, desarmada. Não esperava nada. E gostei bastante. Achei que o filme, com o tema que tem, escapa muito bem de esperados e previsíveis clichês. Seria muito fácil explorar lados sentimentalóides num filme desta natureza. Mas não. O filme é um ótimo retrato da perseverança. Perseverança, força e humor, apesar da dor.
O outro foi O Discurso do Rei, tão bem avaliado, tão comentado, tão oscarizado. E sim, gostei do filme. Mas confesso que esperava mais. Gostei e ponto. Só não achei assim tãããão digno de tudo. O que mais gostei no filme, além da interpretação do Rei, enquanto gago, foi do notório humor inglês. O Rei estava impecável enquanto gago. Quase nos fazia empurrar a fala nos engasgos que ele tinha. Nos trazia uma certa tensão aquele discurso na iminência de acontecer, que agarrava. E o Geoffrey está ótimo enquanto fonoaudiólogo prático. "Um ninho de Mafagafos" me trouxe um riso n'alma!
Assisti 127 horas achando que seria um filme bem previsível, porque já tinha ouvido falar da história do alpinista. Porém me surpreendi, pois o filme vai muito além do acidente.
ResponderExcluirOs pensamentos, as memórias e os delírios do personagem são fantásticos. E o climax é supertenso, tive a sensação de sentir a dor que o personagem sente.
Gostei de O Discurso do Rei. E tambem concordo que ele não "tãããão digno de tudo", principalmente do Oscar (que deveria ter sido do Cisne Negro).