Trazia consigo o 'modesto' objetivo de ensinar a pensar, de tornar os alunos sujeitos de sua história. Produzia uma inquietude criativa, intuitiva, como disse Marcos Frota.
O Vocacional foi criado e dirigido por Maria Nilde, uma pessoa revolucionária em idéias e pensamentos, aclamada a maior educadora que este país já teve.
Havia, a cada bimestre, as chamadas 'aulas plataforma' a partir das quais se definia a estrutura do próximo bimestre, os temas a partir dos quais as disciplinas se desenvolveriam, numa 'atitude' multidisciplinar. As disciplinas todas girando 'concentricamente' em torno de um mesmo tema. Até mesmo as atividades da cantina, da horta, da cozinha, da venda eram parcialmente 'entregues' aos alunos. Além das aulas de história, matemática, geografia, biologia, todas 'colaborando' dentro deste tema único, a cada bimestre. Prática e teoria aliadas para desenvolver este ser humano inserido no meio..
Mas ao ensinar a pensar, tornaram-se inconvenientes para o regime militar. Eram ditas subversivas. A ditadura e o AI-5 puseram fim aos vocacionais.
E vem por aí mais do mesmo. Esta semana, dia 07, haverá duas exibições desse doc. Permitam-se conhecer sobre esta experiência.
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