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domingo, 3 de abril de 2011

é tudo verdade 2011 - primeiras impressões

Já de saída, foram 3 docs, que lhes resumo as historinhas:

A ONDA VERDE

A história dos regimes opressivos é a prova contundente e ostensiva de que o homem é lobo do homem. São histórias recheadas de barbarismos e com cobertura de requintes de crueldade.

As boas aulas de Dona Márcia sobre o Iluminismo, a consequente apresentação do Thomas Hobbes em meio a outros tantos me levam a ver um filme como este e concluir: -É... o Hobbes tinha razão. O homem é lobo do homem. Não precisamos de algozes, inimigos ou coisa que o valha. Nós somos nosso próprio perigo!

A Onda Verde mostra as eleições no Irã em 2009, com linha narrativa montada através de blogs, comentários em páginas do Facebook ou do Twitter, uma vez que o diretor, um iraniano exilado na Alemanha, começou a perceber que os jornais do país não apresentavam um relato confiável do que estava ocorrendo. Não havia imprensa independente no país.


ANGST

O peso, o significado, as consequências, as sequelas da pegada do homem sobre a terra. Todas as conexões, todas as possibilidades. Extenso mapa do tema, cobrindo um amplo espectro de entornos, de ângulos, de visões.


ATERRO DO FLAMENGO

Hein?!?

Sucessão de episódios apresentando a evolução do NADA, do vazio, de coisa nenhuma.

Um plano fechado, um enquadramento, tomada única, um ângulo da câmera do início ao fim e o sequenciamento, apesar de haver, já de início, um 'estopim', se iguala e este conceito coisa nenhuma que citei.

Absolutamente vazio em continuidade. A proposta descrita na sinopse era de uma câmera estática captando, em tempo real, uma cena urbana e as reações das pessoas. Imaginei: pode ser interessante. A ver.

Não tenho qualquer pretensão de afirmar categoricamente: este filme é "assim". Mas se a diretora quis dizer algo, quis passar alguma mensagem, eu não consegui ouvir porra nenhuma! Se existe uma pretensa idéia por trás não consegui enxergar nada em nada. E se o grande lance eram estas reações das pessoas, em tempo real, concluo que nós pessoas, não estamos valendo nada enquanto atores de nossas vidas!


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