a louca da casa é a imaginação. são estes devaneios autônomos que nos tomam. todos os pedaços de pensamento que ganham vida própria e deixamos crescer indefinidamente. as possibilidades. os personagens. as opiniões inflamadas. os outros. a louca da casa é um livro da rosa montero que me despertou a vontade de escrever sobre tudo e sobre qualquer coisa. a louca da casa é o diabo na rua, no meio do redemoinho.
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terça-feira, 19 de julho de 2011
gainsbourg - une vie héroique
Gainsbourg et Jane Birkin - Je t'aime... moi non plus.
Gainsbourg, Une Vie Héroique, é, à primeira vista, uma cinebiografia clássica, tradicional. Impressão que se desfaz tão logo Joann Sfarr, conhecido e reconhecido quadrinista francês, diretor do filme, se faz presente. Sua direção imprime ao filme uma autenticidade que transcente o óbvio. Quadrinhos falam mais alto. O longa frequentemente envereda pela fantasia, o que dá ao filme um tom de fábula.
Tudo começa com Serge, criança, fumando na praia. E o cigarro o acompanha a vida toda, assim como um certo 'amigo imaginário'. O tom de fábula fica claro aí, quando ele, ainda criança, encontra este 'amigo'. Uma figura de traços caricatos, um alter-ego seu, com nariz adunco e orelhas enormes. Este 'outro' o persegue ao longo da vida, lhe dando conselhos. O realismo da cinebiografia ganha tintas poéticas. O tom de fábula se sobressai.
Eric Elmosnino é Serge Gainsbourg. E ele é. Simples assim. Um mimetismo grandiloquente que fala por si. Como bem sugere o jornal, talvez jamais se livre do estigma deste personagem, muito bem composto, expondo charme e fragilidade.
Em poucas palavras: um grande ator em um grande filme sobre um personagem ainda maior.
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