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sábado, 2 de julho de 2011

porque eu, afinal, sou eu...

Não são poucos, ou pequenos, os prazeres inerentes à redescoberta do 'si mesmo' de alguem que pautou a vida no ritmo 'tudo ao mesmo tempo agora'. Em tudo. Sempre. E, por alguma razão que hora desconheço, SEMPRE tive uma resposta MARAVILHOSA em tudo a que me dediquei.


A busca incessante, a avidez, a eterna fome, o filtro 'lost cause' de sempre me desenham agora um prazer desmedido em minhas redescobertas.


E a etapa de minhas redescobertas que vivo sou eu mesma. Começo a me reconhecer, sentir que eu sou eu, me auto afirmar, me sentir dona de uma personalidade. São emails antigos, textos, fotos, músicas trocadas, um mundo de coisas que me leva nada menos que a mim mesma.


Sei bem que já as expressava desde quase sempre. Minha personalidade, minha identidade. Mas desde que sou capaz de um sentir mais fundo, de avaliar, desde que sou capaz de alguma consciência, desde então, não me reconheço.


Me sentia alguem nem tanto ao mar, nem tanto à terra. Mas as opiniões inflamadas, a grandiloquência, as vísceras todas, que sempre foram parte de mim, foram passear longe. E estão voltando. Tudo ao mesmo tempo agora, como tudo sempre em mim.


Nada menor que orgástica esta sensação do voltar a SER da consciência. Prazer muito além daqueles que experimentamos em nossos dias. Surreal.


E o que é ainda melhor: estou me redescobrindo em TODO e CADA detalhe sim, mas naquelas esquinas em que não concordo muito mais, dados todos os novos critérios de avaliação que ganhei com este acidente de percurso, me permito me reinventar. Naqueles pontos em que não estou mais de acordo, digo: não quero mais assim. E processo uma reconstrução com revisão.


Porque cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é...

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