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sexta-feira, 12 de agosto de 2011

melancolia

Melacolia, estréia recente de Lars Von Trier, nos traz, em dois episódios, de narrativa triste e desesperadora, o estado de desolação de duas irmãs.

No primeiro, uma delas é apanhada no dia de seu casamento. A princípio, tudo a diverte. Ela vive TODOS os momentos, inclusive pequenos erros ao seu redor, com leveza, naturalidade e alegria.

Ao que ela é tomada por uma súbita 'consciência', da ausência de sentido da cerimônia ou do casamento em si. Ela parece, de repente, ver, em tudo aquilo ao seu redor, um vazio que ela não consegue viver.

No segundo episódio, um casal vive uma iminente possibilidade: o planeta Melancolia em rota de colisão com a Terra.

Por um lado, os cientistas negam e dizem que não, não vai acontecer. Mas a internet traz eloquentes e 'embasados' partidários de qualquer evento capaz de atrair cliques. A dúvida, portanto, é instaurada e Claire, a outra irmã, vive a iminência de catástrofe desconsoladamente.

O planeta Melancolia, em rota de colisão com a terra, é uma bela e clara metáfora em relação ao mal estar do mundo atual, este 'século dos antidepressivos' que vivemos.

O filme nos traz uma aterradora sensação diante de nossa 'pequenez cósmica', de nossos medos, nossas dores, de nossa insignificância.

Por que sofremos? No filme, seres humanos se despedaçam contra a indiferença de um destino infeliz e nos mostram, de maneira intensa, a angústia humana diante do silêncio de Deus.

O filme, de inconteste beleza plástica e mergulhado em significados, dialoga profundamente com questões filosóficas. Surpreendente.


2 comentários:

  1. Legal Poli... compartilhei no meu facebook... bjo

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  2. Me deu uma vontade de ver esse filme !!!.....
    Márcia Araújo

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