Uma visão de nossa própria origem. Do que fomos e ainda somos. Um olhar sobre este outro que, afinal, está em nós, somos nós.
Xingu, o filme, uma reconstituição da história de uma das peças de nosso quebra-cabeças particular, tão único e a um só tempo tão múltiplo, a identidade do povo brasileiro.
E o filme tem os contornos de um épico. Uma aventura histórica, de características épicas, com gostinho Tupinquim. Melhor, Xinguano.
O filme se solidifica como registro de um pedaço de nossa história. Registro que resgata, e retrata, o período da ‘Marcha para o Oeste’, estabelecida pelo governo Vargas, preocupado com as terras do sertão central. A expedição Roncador Xingu visava mapear a então desconhecida região e ocupar pontos estratégicos em nome da segurança nacional.
Aí se inserem as figuras dos irmãos Orlando, Cláudio e Leonardo; os Villas Boas, que integraram a ‘Roncador Xingu’, em sua marcha para o oeste e terminaram por ‘dar fronteira’ aos índios, criando o Parque Nacional do Xingu e buscando, a longo prazo, integrar o índio.
Uma odisseia de quase vinte anos, dos primeiros contatos com os indígenas à criação do parque.
O fato de se fundar em pesquisas, na reconstrução de uma história que é nossa é um grande mérito do filme. A identidade brasileira se faz sentir logo à exuberância das imagens fluviais de entrada. É Brasil, somos nós.
Roteiro enxuto, produção cuidadosa, impecável, grandes atuações e bela fotografia.
A emoção de uma outra realidade. Outra, mas nossa. O índio, o outro, nós, brasileiros.
a louca da casa é a imaginação. são estes devaneios autônomos que nos tomam. todos os pedaços de pensamento que ganham vida própria e deixamos crescer indefinidamente. as possibilidades. os personagens. as opiniões inflamadas. os outros. a louca da casa é um livro da rosa montero que me despertou a vontade de escrever sobre tudo e sobre qualquer coisa. a louca da casa é o diabo na rua, no meio do redemoinho.
Translate
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Esse filme é ótimo. Saí da sessão com orgulho do nosso cinema, que, quando quer, produz verdadeiras "obras-primas" como: O ano em que meus pais saíram de férias, Estômago, O Menino Maluquinho (talvez esse o meu preferido), Anjos do Sol etc.
ResponderExcluirParabéns pelo post, muito bom!
Pretendo assistir em breve, principalmente depois de ler seu comentário.
ResponderExcluirMárcia araújo guerra