Bowie no MIS
O tamanho da fila andou assustando e desanimando o público e provavelmente afastando alguns. Mas, encarado este primeiro obstáculo, colocamos um fone de ouvido e embarcamos em uma viagem.
O Museu da Imagem e do Som de São Paulo apresentou, nos último meses, a exposição ‘David Bowie’, baseada na carreira do artística do cantor e músico, idealizada pelo Victoria & Albert Museum (V&A), de Londres.
David Bowie: The Exibition, organizada de forma temática, não cronológica, nos traz suas músicas, videocliples, apresentações ao vivo, trechos de documentários, set lists, manuscritos, desenhos, fotografias, análises de sua obra estética, o figurino de cada fase, um ‘sem-fim’ de significados que não o resumem, o ampliam a nosso olhos.
Armados com fones de ouvidos trazendo musicas, depoimentos, trechos dos filmes e, assim, roteirizando nossa visita, através de sensores em cada novo ambiente, a cada nova peça apresentada, deste imenso quebra-cabeças chamado Bowie, éramos conduzidos em uma viagem em meio a inúmeros personagens e performances lendárias.
Ali, em meio a tantas representações fica bem claro, eloqüente até, seu papel de brilhante personagem de si. Dentro de sua vida multifacetada e suas performances únicas, ele parecia, simplesmente, dar vazão àquilo tudo que se manifestava dentro de si e a exposição bem dimensiona sua trajetória para além de sua carreira como cantor e compositor.
A intensa caminhada, sonoramente trilhada, era toda pontuada por peças que destacam suas referências culturais, conceituais e estéticas, além de nos revelar, muitas vezes, os caminhos de seu processo criativo, reciclando influências diversas.
Fechando com seu “Verbalizer”, programa da Apple que, a partir de entradas de palavras, construía sentenças, que ele utilizado para ajudá-lo na composição das letras de músicas, lançamos pulsão criativa, figurinos, significados, referências, personagem de si, camaleão! O resultado é Bowie!
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