Em processo intenso de produção de palavras outras, dei
férias à Louca da Casa. Palavras outras porque dotadas de forte racionalidade e
teor científico até, elas fogem, escapam ao dialeto de devaneios da
protagonista deste blog.
Uma monografia de recheio jornalístico, dentro, portanto, do
universo de meu prazer, ela escapa, na forma, ao que cabe aqui nestas páginas.
São muitos apud, org, referências e citações para uma escrita no ritmo do
prazer. São muitas regras, enfim.
Vez por outra, no entanto, acontecerá de não conseguir
segurar a Louca e deixar que ela acorde desta hibernação que lhe foi
imposta. Vezenquando a música, o filme,
a literatura, as artes falam muito alto, me tiram de meu centro monográfico e a
despertam muito imperativa na ânsia de expressar devaneios intensos provocados
por sua lógica em uma história, em telas ou em páginas ou por cores e formas de qualquer exposição porque passe ou em um ritmo novo que lhe
atravesse os ouvidos.
E com ela assim, acordada e querente, não há quem possa. Ela
quer e faz. Ela cala a Guerra dentro de mim, por maiores e mais defensáveis que
sejam minhas razões e faz uma festa com as palavras em minha cabeça.
E canta para mim, desdenhosa: ‘apesar de você...’
E eu cedo. À Louca, à arte, à beleza.
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