Com seu traço de forte identidade, vocabulário de símbolos e
arranjos cromáticos, Joan Miró passeia por São Paulo e faz pouso no Instituto
Tomie Ohtake.
A forte personalidade e a potência de suas linhas identitárias,
de contornos muitas vezes surreais, fundem 'pintura' e poesia no que nos parece
uma abordagem alegórica do insconsciente.
'Pintura' foi grafada assim, entre aspas, porque Miró foge claramente deste estilo pictórico, concentrando sua linguagem em
traços e cores e criando, assim, um vocabulário singular de símbolos.Tudo leva
à lógica do desenho. Um desenho ‘ágil’,
espontâneo e de personalidade.
A exposição em cartaz no Tomie Ohtake apresenta um recorte
de cerca de 50 anos da produção do artista, com destaque a seu interesse pela
experimentação e evidencia, desta forma, como o artista construiu uma linguagem
genuína e particular.
Na forma em que se organiza, a mostra é algo didática,nos
apresentando em bons textos, ao decorrer da exibição de obras, suas principais e peculiares características. Vale
a fila tendendo ao infinito, que eu tive a graça de nem passar perto. Presente de meu filho que ainda nem chegou e
já me enche de arte!
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