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quarta-feira, 25 de maio de 2016

inclassificável



Assistindo a tudo daqui, de fora desta vitrine de egos chamada rede social, de dentro de alguma (pouca) desmemoria que ainda me assola, debaixo desta avalanche de merda jorrada todos os dias pelos noticiários televisivos, pelos jornais em papel (sim, ainda existem e sim, ainda os leio) pela internet, onde cabe todo perfil ideológico, toda crítica e todo contrassenso... assistindo a todo o inominável que nos assola, consigo hoje distinguir dois grupos principais de ‘objetos’. Sim, porque ‘sujeitos’ são eles, autores, divulgadores, avaliadores e críticos da merda toda. 

Nós somos o objeto, aqueles ligados às suas consequências. Ao que nos causa, provoca, acomete ou enfurece. Quem paga o pato, enfim.

O primeiro grupo a que vejo levantando bandeiras redes sociais afora é o apoio, a qualquer custo, disto que um dia se classificou como esquerda e que hoje, do social, só tem os votos. Os sociais eleitorais.  Dos pobres, tiram mais (com os inumeráveis casos de roubo e propina e mensalões) do que dão em contrapartida eleitoral. Vide estado caquético de todo e qualquer serviço público.  É uma galera que quer levantar a bandeira do apoio social a qualquer custo. Quer se vender social. Porque é nobre ter grana, mas apoiar quem não tem. Se acham seres moralmente (e intelectualmente, diga-se de passagem) superiores.  Mas, social de quê? Social de quem? Onde está, mesmo, esta face que um dia Lula ergueu? Alguém sabe? Nem ele... Fico implicada com este apoio inquestionável, diante de toda merda na nossa cara... tanta merda...

O segundo grupo a que vejo celebrando, com raiva, mas se sentindo com a razão da história ao seu lado (talvez pela primeira vez) é a galera da direita, se livrando não sei de que culpa tupiniquim plantada neles. Se havia alguma culpa diante do paradigma de que a direita é má, hoje os descalabros da esquerda brasileira autorizaram, ao menos, seu orgulho de nunca ter cedido ao discurso pretensamente social dos corruptíveis e corruptores mor (porque nunca na história deste país...).

Bom, e fico eu aqui, vendo e lendo tudo sem conseguir me posicionar. Por mais lugar comum que seja meu discurso, já fui PT. Um dia, dizem, acreditei na proposta de país que eles traziam. Mas, ao voltar do limbo da memória, não consigo enxergar ou encontrar nada que pudesse algum dia justificar meu voto, ganhar minhas razões e minha consciência. Dizem que apoiei isto. Se é fato, hoje acho torpe (porque suja) e infantil (porque é de soluções simplistas como as quinhentas bolsas tudo para resolver um país rico, naturalmente e de carências). Confesso que estou namorosa de ideologias mais liberais, mas me sinto órfã aqui no Brasil, porque ninguém me representa. Estou me sentindo uma excluída. Será que tem bolsa para os sem-partido?

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