Translate

quinta-feira, 29 de março de 2018

eu mesma


Estudando muito, com o agravante seríssimo de ser véspera de feriado e de ser até tardão da noite (tardão dependendo dos objetivos de sua noite, claro!), eu tenho, sem dúvida, que me reconhecer e premiar.E hoje foi na categoria da madrugada: Serra Malte mais uma pizza portuguesa, cruel nos detalhes saborosos. Feita por mim, carregada nas particularides de meu paladar e meu perfil de virginiana detalhista!

E confesso aqui que eu to ficando boa nisso! A auto-recompensa está virando um vício! TUDO tem suas peças e personagens definidos no detalhe e é, ainda por cima, tudo muito adornado por rituais. Desde a música para acompanhar, a qualidade das coisas todas, o modus operandi na cozinha, etc e tal... Ah...e os detalhes!!! Estes são peça chave!

E pensando cá comigo indagorinha, depois de muito estudo, com uma Serra Malte em punho para me animar a soneca, achei a razão de ser de tudo tanto! 

São duas explicações, mas que ficam bem juntas e misturadas. Pode ler e depois somar!

Número um:  em meios aos processos de recuperação de um trauma traumático como o meu ( o eterno acidente, claro!), entrei numa onda meio Jung, pela reconstrução de meu ‘self’ que estava perdidinho em meio a muita memória desencaminhada, mais referência deslocada e raciocínio deficiente. 

Bem, e aí que me reconstruindo, esbarrei em meu ‘self’ de outra língua e vem a razão número dois da minha fase auto recompensatória em tudo tanto!O ‘self’ do Jung trombou no ‘eu mesmo’ do Riobaldo Rosa! Paixão antiga, aquela que sempre mexe com a gente, não precisa nem de memória. Bastou bater o olho na página do Grande Sertão e já foi tudo voltando num alumiado clarão para que eu me reafirmasse fortemente, ‘eu sou é eu mesmo’, uma quase legenda minha.

Peraí, confundi todo mundo, né? O que tem a ver com o que? Calma lá... olha só: tudo começou com esta foto da pizza ‘portuguesa com certeza’, junto a uma Serrinha (Serra Malte, na intimidade!) e mais o computador de lado (confesso que foi só para fazer cena!). Bueno, aí falei de meu último e já duradouro vício de auto recompensas. E aí do prefixo auto, pulei para o equivalente self em inglês, lembrei do Jung e cheguei em sua tradução pelas veredas do Riobaldo no sertão. Sou eu me centrando em ninguém menos que em mim mesma, no self, me, myself, I ! É isto! Expliquei.

Meus presentes para mim mesma, o self e eu mesma. Somos todos, juntos e misturados, personagens nesta história, que nem a dona, sem pé nem cabeça!

Assim, focada no self e no intenso resgate do eu mesmo, me tornei meu próprio objetivo e fiquei mais auto centrada que nunca fui. Mesmo. Deu pra sacar?

E não vou nem reler para não desistir de postar tanta bobagem junta e misturada (já usei esta expressão neste texto umas três vezes, né?!). Ah!! Me deixe quieta, rapaz!!

2 comentários:

  1. Vindas de Jung, como uma luva:

    "Fürchte nicht das Chaos, denn im Chaos wird das Neue geboren."
    "Não tenha medo do caos, porque no caos, o novo nasce."

    "Es hängt alles davon ab, wie wir die Dinge sehen, und nicht davon, wie sie sind."
    "Tudo depende de como vemos as coisas, não como elas são."

    "Wer nach außen schaut, träumt. Wer nach innen schaut, erwacht."
    "Se você olhar para fora, sonha, quem olha para dentro desperta."

    Yan

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. E o caos foi meu, o caos fui eu... e dali venho me redescobrindo e reconstruindo, com o prazer imensurável de ter companhia da consciência plena e poder fazer escolhas... Claro que tem, sim, alguns revezes (revés tem plural?), mas todos viram aprendizado e são todos superáveis!!!

      Excluir