Esta semana fui nocauteada, de súbito, por algo sem nome, sem diagnóstico e sem remédio que, urgente e terrível como veio, passou! No auge do terror, pensei comigo: como vou fazer para cuidar do meu filho? Como vou dar comida pra ele, levá–lo à escola, não consigo sair da cama, não consigo sair de dentro de mim. Até pensar dói. Não sei o que foi, não sei descrever, só sei que foi assim.
E aí, dias depois, comentando com minha mãe do que aconteceu
comigo, porque o casulo no quarto e na cama dois dias, eu que sempre tudo
tanto, ela comentou que sentiu algo parecido há poucos dias. Algo também sem
nome, sem diagnóstico, sem explicação que a derrubou. Minha mãe que é 330V
absoluta, all the time.
Aí é que vem a melhor parte desta historinha doída: ela me
contou que isto sem nome, Maria que, junto com ela, nos criou a todos aqui em
casa, conhecia e classificava. Esta doença, este mal que vem e vai sem se
explicar e sem deixar rastro é ANDANÇA.
Um mal que não estaciona, não faz casa, passa por nós, a
ANDANÇA. Adorei! O olhar e sabedoria popular vão muito além do conhecimento,
dos fatos. Têm um peso cultural e um saber (sabor) cotidiano que, algumas
vezes, conversam com nossa razão de foro íntimo, aquela mais dócil e flexível,
e nos fazem aceitar sem questionamento, independente do quão céticos sejamos!
Aqui rolou um entendimento físico, até. Compreensão instantânea, só de ouvir o nome. Tá! Eu tava de andança! Mas era uma andança das brabas! E,
sem médico, sem remédio, sem
diagnóstico, andou, pegou seu rumo e foi–se embora!
Deixa eu passar, agora, a palavra a vocês... Vocês todos, alguém tem algum caso interessante de sabedoria popular, de sabores e saberes do lido cotidiano? Conta aê pra gente! Porque este é o típico caso que, se a gente conta na mesa de boteco, aparecem vários outros similares! Então, não se acanhem e contem se têm alguma cartinha na manga!! conta, conta, conta!!!
Deixa eu passar, agora, a palavra a vocês... Vocês todos, alguém tem algum caso interessante de sabedoria popular, de sabores e saberes do lido cotidiano? Conta aê pra gente! Porque este é o típico caso que, se a gente conta na mesa de boteco, aparecem vários outros similares! Então, não se acanhem e contem se têm alguma cartinha na manga!! conta, conta, conta!!!
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