Translate

sexta-feira, 8 de junho de 2018

pintura animada


A composição dos frames, de imagens visualmente como que pintadas à mão, nos passa a sensação de soma e mistura de duas artes. De fusão. As nítidas pinceladas nos transportavam para um outro mundo além da película... 

Com amor, Van Gogh é uma animação 100% feita com tinta à óleo, com 65 mil quadros. Foram necessários 125 profissionais para pintá –los, todos manualmente. Depois da gravação em vídeo com os atores, cada frame do vídeo recebeu uma pintura a óleo, ao estilo do pintor.

Van Gogh
multiplicado!

Nada nunca pronto. Cada frame é uma composição. De cores e imagens...  e narrativas. E carregado de familiaridade porque a linguagem de Van Gogh é universal.

Jogo gostoso que se nos sugere é adivinhar quais frames do filme originam de quadros de Vincent, quais pedaços da estória foram compostos em função destas pinturas e quais personagens são coadjuvantes de sua vida ou de sua arte. O mesmo com os cenários

Legendando um de seus quadros, Vincent nos explica a morte enquanto caminho para as estrelas. Caminho feito a pé, quando morremos pela senilidade. E é pelas imagens que embarcamos em uma viagem maior, decodificando cada frame do filme, dentro do roteiro, dentro da biografia do artista ou dentro de sua arte.

 A história da artista contada através de suas pinturas ambiciona refletir seus sentimentos e histórias através de sua arte. Há momentos em que a narrativa se perde no deslumbramento com  seu próprio universo, mas é quase impossível não se deixar levar por suas pinceladas, o que torna os deslizes, quase todos, perdoáveis.

Diante de um cinema de animação óbvio e ‘limitado’ pela tecnologia, experimentações como ‘Com amor, Van Gogh’ trazem um respiro à arte, além de outro olhar sobre o processo criativo de um gênio de todos os tempos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário