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quarta-feira, 14 de setembro de 2011

desconstrução de sequelas

A permanente, e oficial, possibilidade de eventualmente esquecer tudo e qualquer coisa plantou em mim um imediatismo imperioso. A antes FALTA DE, e as hoje FALHAS, da dita memória recente me ensinaram a evitar verbos como adiar e protelar, bem como as ações relativas a eles. "Depois" tornou-se um adjunto adverbial de tempo que não cabe mais em minhas construções verbais, minhas afirmações, meus diálogos, meus planos, decisões, em meus projetos todos sob pena de transmutar-se em NUNCA MAIS. Acho, sim, que este é um denominador comum que temos todos. É do humano. Temos o hábito de adiar, protelar, enrolar o que for possível... meter um depois em todo projeto, 'futurando-o' nos planos ou extinguindo-o na prática.

Mas no meu caso qualquer protelamento poderia resultar em esquecimento e portanto em cancelamento involuntário, fruto de uma DESmemória oficial, clinicamente atestada. Isto me fez buscar terapias 'mnemônicas' e ferramentas para lidar com.

Ou eu talvez esteja simplesmente cumprindo com um perfil astrológico que, incrédula e inconscientemente, sigo à risca, virginiana extremada, no detalhe, que sou. Si, pero no creo! ;) Mas invento regra pra tudo, buscando ferramentas para lidar com todo e qualquer obstáculo que se interponha em meu caminho... criteriosamente, ordenadamente.

VIVENDO as sequelas deste acidente em minha vida, fui aprendendo que o milenar e humano hábito de adiar tudo que possa carregar um DEPOIS consigo, hoje, não funciona comigo. (E ao que me lembro funciona muito pouco com o resto dos mortais... :)

E a principal ferramenta que aprendi a empregar em quase tudo, quase sempre, é um imediatismo desmedido e DESpreconceituoso. TUDO é urgente e imediato, dentro das possibilidades. AGORA OU NUNCA tornou-se a cadência natural, e literal, de meus dias, de minhas decisões...

And I say it once again: cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é...

Um comentário:

  1. Ótimo texto!
    Vou ter que ler esse post todos os dias, pra ver se acabo com essa mania do "depois"!

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