a louca da casa é a imaginação. são estes devaneios autônomos que nos tomam. todos os pedaços de pensamento que ganham vida própria e deixamos crescer indefinidamente. as possibilidades. os personagens. as opiniões inflamadas. os outros. a louca da casa é um livro da rosa montero que me despertou a vontade de escrever sobre tudo e sobre qualquer coisa. a louca da casa é o diabo na rua, no meio do redemoinho.
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segunda-feira, 31 de outubro de 2011
latinidade
domingo, 30 de outubro de 2011
frango com ameixas
Não, isto não é uma receita.
Mas é o não menos saboroso novo filme da Marjane Satrapi. A autora e também diretora, no cinema, da graphic novel Persépolis.
Uma inconfundível atmosfera de cartoon permanece no, agora, filme.
Na trama, Nasser Ali, um reconhecido músico tocador de Tar, instrumento típico da cultura persa, como um violino, desiste da vida depois que sua esposa, em um ataque de raiva, quebra seu instrumento. A partir daí, a vida lhe parece intolerável e ele decide e planeja dar cabo à vida, em uma morte, digamos, bem paulatina, até que Azrael, anjo da morte, venha a seu encontro.
Mas não, não é um filme triste, deprimente ou qualquer coisa que o valha. É de um humor peculiar; afiado mas leve e simples, que domina a trama. Saborosamente inocente. O filme é uma narrativa dos 8 dias que se seguem à sua decisão de morte.
Como diz Maria de Medeiros, atriz portuguesa na trama, "'Frango com ameixas' consegue algo muito curioso e original, que é contar uma história, uma tragédia, em que você ri do princípio ao fim." De um humor leve e saboroso.
quinta-feira, 27 de outubro de 2011
redes sociais e ... a linha amarela
quarta-feira, 19 de outubro de 2011
me arrebentando de existir
segunda-feira, 17 de outubro de 2011
estrela da vida inteira
o vento varria os frutos,
o vento varria as flores...
E a minha vida ficava
cada vez mais cheia
de frutos, de flores, de folhas.
O vento varria as luzes,
o vento varria as músicas,
o vento varria os aromas...
E a minha vida ficava
cada vez mais cheia
de aromas, de estrelas, de cânticos.
O vento varria os sonhos
e varria as amizades...
o vento varria as mulheres.
E a minha vida ficava
cada vez mais cheia
de afetos e de mulheres.
O vento varria os meses
e varria os teus sorrisos...
o vento varria tudo!
E a minha vida ficava
cada vez mais cheia
de tudo.
sexta-feira, 14 de outubro de 2011
me entorpecendo em poesia...
Estávamos, ontem à noite, em um papo de 'buteco', eu, Cida Moreira, Quintana e Drummond.
Entre uma cervejinha e outra Quintana, delicadamente, me colocou sua posição, digamos, ‘passarinhesca’.
"Todos que aí estão, atravancando meu caminho, eles passarão, eu passarinho!". Que eu, inclusive, concordei inteira, porque eu, mais que nunca, passarinho...
Na seqüência, veio Cida Moreira e me iluminou o pensamento com uma canção que fala a língua de minha identidade aujourd’hui: "A vida que vive dentro de mim se sente feliz por eu ser assim..." E com esta felicidade quase gratuita, sigo crescendo aqui dentro...
Logo em seguida, eu tive uma idéia que compartilhei com meus parceiros literários: acréscimo de uma conexão 'explicativa', digamos assim. PORQUE. E, assim, estabelecer um elo entre um fato e sua possível razão de ser...
ASSIM:
Todos que aí estão, atravancando meu caminho, eles passarão, eu passarinho, PORQUE a vida que vive dentro de mim se sente feliz por eu ser assim...
E porque? E aí foi a vez de Drummond que veio e me cochichou as (sem) razões de ser dessa minha bricolagem de versos: " Esta é minha explicação, meu verso melhor ou único, meu tudo enchendo meu nada."
Quintana, Cida e Drummond, esta prosa com vocês me encheu a noite (e a alma) de luz!