Translate

domingo, 20 de novembro de 2011

foi um rio que passou em minha vida...

Bom… começarei sendo repetitiva… e até mesmo redundante: ELEGÂNCIA!

Sim, redundante porque Paulinho da Viola já se tornou um sinônimo de elegância. E repetitiva, bem, porque todos ao meu redor sabem bem do que estou falando porque já devem ter escutado, umas muitas vezes, esta frase de mim. Sempre repetida como um achado: Como pode tanta elegância em um terreno assim, popular por excelência, o samba?

Porque "é tocado pelas cordas de uma viola, é assim que o samba vem..."

E porque é um universo particular. Só seu! Em meio a homenagens à sua Portela, à Mangueira de Cartola, em meio a seu tradicional e envolvente repertório ele segue nos trazendo mais de sua sutileza, delicadeza e precisão.

Sua elegância e suavidade se fazem presente, inclusive, em suas contextualizações, nos enchendo de significados e nos apresentado às razões de ser de seu samba.

Delicadeza, suavidade, elegância, precisão, palavras que a priori não servem para adjetivar o samba. Incongruentes e até mesmo paradoxais. Não fosse Paulinho.

E ele chega a nos trazer temas filosóficos / existenciais em seus sambas, sem soar pretensioso ou banalizá-los! Simples… como o samba!!!

Saí dali com o peito derramando satisfação e lirismo. E afinal, "não sei se toda beleza de que vos falo, sai tão somente de meu coração!".

Mas, de qualquer maneira, "foi um rio que passou em minha vida, e meu coração se deixou levar..."

Um comentário: