Tua interação com a arte te torna, também, parte dela…
Este final de semana visitei duas das três partes da exposição do dinamarco-islandês Olafur Eliasson. ‘Seu Corpo da Obra’ está em três instituições anfitriãs. SESC Belenzinho, SESC Pompéia e Pinacoteca.
Na parte I de meu roteiro, no Sesc Pompéia, me ficou muito claro que, para ele, a arte é resultado de uma interação. É fruto da relação entre artista e público.
Ele parte da interferência, intervenção e busca uma interação. Assim, sua obra é uma resposta direta à cidade e aos espaços expositivos em questão. Intervenções adaptadas ao meio. E esta arte intervencionista do meio busca a interação, depende da participação ativa do público para que exista por completo. E uma vez condicionada a esta participação fica, mais que toda arte, sujeita a interpretações muito particulares.
A pressuposta participação do público é parte tão importante da obra do Olafur em SP que é definidora dos nomes. Das instalações e da exposição em si: Seu Corpo da Obra, Sua Cidade Empática, Seu Caminho Sentido… E é assim, tudo NOSSO, do público.
Nesta desejável interação permanente nasce uma forte característica lúdica que convida o espectador a experimentar diferentes fenômenos como neblina, reflexos, cor, luz e sombra. A percepção e o aprendizado são peças notórias das obras. Nestas obras, fica claro que muito do que percebemos, acontece, na realidade, dentro de nós.
A parte II de meu roteiro foi na Pinacoteca do Estado. Ali, as obras parecem todas centradas no reflexo. Todas muito espelhadas. E assim, estamos todos dentro daquilo que interpretamos!
E o prazer lúdico de sua obra permanece, agora com um protagonista frente aos espelhos todos, é o SEU CORPO ‘na’ OBRA!
A interação com a obra continua nos comentários, nas resenhas e nas críticas; principalmente com dizeres pertinentes como os teus.
ResponderExcluirMárcia Araújo Guerra