Indivisível, Zé Miguel Wisnik. O professor de literatura; o cantor, compositor e instrumentista; o escritor e ensaísta. Tudo junto, misturado, para nosso deleite.
Indivisível, o álbum. Dois discos, literalmente indivisíveis, unidos por um imã. Canções que carregam os significados todos que o cercam.
Indivisível, o show. Espaço onde tudo converge. Em meio a contextualizações históricas, literárias, musicais; Wisnik conduz nosso pensamento em deliciosas viagens imersas em poesia.
E estas contextualizações são pedra fundamental deste pedaço da cultura que ele tomou para si e para nos apresentar (presentear). Comunhão de literatura e música, com incursões pela história, pelo cinema e pela filosofia, até.
SIGNIFICADOS, assim, maiúsculos, é o que trazem as canções, todas. De sua origem, seu conteúdo, sua história, sua melodia. E o professor consegue dar uma fluência entre todas estas facetas.
Suas músicas nos trazem Gregório de Matos Guerra, Antônio Cícero, Fernando Pessoa, Drummond, Chico Buarque, Jorge Mautner, etc, etc, etcetera. ‘Pérolas aos poucos’.
Foi em show no SESC Vila Mariana que teus significados e contextos todos conversaram comigo, Wisnik. Foi o terceiro de teus shows a que assisti, mas só agora atentei para este mundo de referências, para as legendas que trazem todas as tuas canções.
“… Pois as canções só são canções quando não são mais nossas…”