Um trio de Jazz com afro sonoridades brasileiras, Metá Metá faz show de lançamento de seu segundo álbum.
Kiko Dinucci, em violão, voz e guitarra; Juçara Marçal na voz e Thiago França no sax e na flauta misturam diferentes influências em seu segundo álbum, trabalho que sucede seu homônimo álbum de estreia.
Apesar do que sugere o nome, metaL metaL flerta com o rock somente na atitude, não no gênero. O trabalho dialoga ainda com o free jazz, no improviso; com a polifonia africana, no terreno (terreiro?) do candomblé e com a música brasileira nas batidas do afro-samba.
Este temporal de influências não deixa de se relacionar com o meio urbano e a cidade revelando-se contemporâneo, na batucada digital e na mistura. O resultado é original e dançante, de cadência incomum.
Com seu som carregado de distorções, todas com o pé em africanidades, o trio fez show de estreia deste seu segundo álbum no SESC Vila Mariana, contando agora com o reforço de Marcelo Cabral no Baixo, Samba Sam na Percussão e Sergio Machado na bateria.
O ritmo efusivo, imerso em significados de diferentes culturas, trazendo bateria e percussão marcantes, contagiava. O entorno do palco, ao final, estava cheio do incontido público. “É feito para as pessoas dançarem”, justifica Thiago.
Se nas raízes iorubas a dança é sinônimo de ritual, em todas as outras culturas têm relação com chuva e tempestade; significam solo fértil e, principalmente, bons frutos. Como metaL metaL!
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