Assistir a um show de Elza sempre deixa em nós definitiva sensação de improviso, de forte atuação intuitiva.
Em apresentação de sua turnê 'Deixa a Nega Gingar', com participação especial de Gaby Amarantos, no SESC Pinheiros, não foi diferente.
Porque Elza traz, e mostra, sua naturalidade e fluência. Na música, no palco, na relação com os músicos, no trato da platéia, até.
É, muitas vezes, como um vocalize, jamming no vocal.
Se intencional ou por descuido, melhor não saber. Fica a intuição (e a intenção) a denotar suas 'brincadeiras' silábicas ritmadas.
Gaby Amarantos, em curta (e discreta) participação, um pouco apagada no show, a certa altura, expressa com eloquência sua admiração. Talvez um nome, uma voz e uma atuação conduzida pela intuição a tenham intimidado.
Mas ela destacou-se, contudo, junto à anfitriã da noite, na apresentação de 'Samba Ziriguidum', de Jackson do Pandeiro, com seus fortes malabarismos vocais, originalmente executados. Aqui, também a Elza intuitiva falou alto.
Ao final, três tambores integram o elenco no palco e palmas ritmadas do público se unem à sua sonoridade, acompanhando, todos, um ótimo pout pourri de tradicionais sambas enredo.
Recém operada da coluna, Elza levanta-se de sua cadeira e faz todo o público dançar.
'Mas isto não impede que eu repita: é bonita, é bonita e é bonita...'
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