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domingo, 16 de junho de 2013

azul, é a cor do país


O ritmo, a elegância, a vitalidade… e um Monarca! Era Portela, no azul e nas vozes da Velha Guarda, em show homenagem à sua eterna madrinha, Clara Nunes, interpretando canções de seu repertório.

O show, assim, teve duas partes se somando e se complementando.  Na primeira delas, Virgínia Rosa num dia e a Aline Calixto n’outro, nomes contemporâneos de nossa música, se juntaram aos bambas, se esmerando no lirismo de apresentações de canções da madrinha homenageada. Na segunda parte a Velha Guarda  apresentava canções parte de uma interseção da Portela com a cantora; trilhas sonoras da relação. Aquelas que ela mais gostava, um samba puxado ou composto por ela, alguma homenagem dela à Escola.

‘Entremúsicas’, contextualizações e histórias nos davam o tom da relação.

E assim, aquele time azul com seus bambas e pastoras, regidos por seu Monarca, nos presenteou com  delicioso samba da mais pura linhagem com sua batida única, a um só tempo forte e elegante. Presença e identidade.

Aqueles senhores e senhoras, pais e mães do samba Carioca, envergavam dignidade em seus ternos e tailleurs  e nos seduziam com sua nobreza.  Como lhes ensinou Paulo Cezar Pinheiro, o Paulo da Portela, ‘em tempos de outrora’, os sapatos, as gravatas e afins, afastam a imagem de marginal associada ao sambista.

Entre composições de Candeia, Manacéia, Monarca, Paulinho da Viola e Paulo Cezar  Pinheiro embarquei no tom de lirismo e tradição da comunidade.


“Foi um rio que passou em minha vida e meu coração se deixou levar…” 

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