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domingo, 10 de novembro de 2013

o que me habita sou eu



Meu quebra cabeças de vida vai se (e me) reconstruindo, peça por peça e me dotando de um novo olhar, mais forte e significativo. E assim, grande e segura,  vou chegando ao fim desta minha interminável história de recuperação, me reconhecendo. Muito prazer. Sou eu!

E gosto muito de ser poliana, a minúscula, mesmo. Hoje dou um tremendo valor e enxergo quanto isto foi e tem  sido deveras importante em meus dias.  Tendo vivido o que vivi, carrego comigo um olhar extra positivo. Estava prestes a escrever: ainda trago comigo um olhar positivo. Mas não, não seria exato porque meu olhar anda mais colorido e assertivo que nunca. Enxergo possibilidades e caminhos, querendo trilhar e experimentar.

Um processo de (re)construção vivido assim, com absoluta consciência chega às raias da catarse. Porque vamos nos construindo na vida no modo automático. Assim: temos o perfil x determinando opções e atitudes vida afora.  De repente, você não sabe que escolhas te justificam, que caminhos percorreu, que posturas assumiu ou defendeu.  Pior, você não sabe quem é. Adjetiva e substantivamente. Porque, como, quando, onde, são perguntas que você não responde.

Mas é aí que tuas escolhas, opções e opiniões começam a contar sua história fazendo um caminho inverso.  Se antes você os determinava, de acordo a um seu perfil, agora, eles te desenham e definem este perfil  perdido  e esquecido.

Redescobrir quem sou (ou era), ao dia; pesar diante dos meus olhos de hoje e decidir como quero para frente; com a consciência fazendo frente a cada descoberta do si mesmo e a cada decisão futura, é um prazer orgástico. Se não tivesse um acidente e muita dor no caminho (como dizem) eu aconselharia todo mundo  a passar pelo que passei e viver o que vivo.  Trazer perto o que se fez longe por muito tempo; quem, o que e como sou.

Se reconhecer e se explicar são prazeres que não temos no comum dos dias porque é, para nós, da ordem do trivial, redundante.

Diante dos fatos, do cotidiano, diante da vida, lembranças me tomam pela mão e, devagar, me dão cores, nuances e sabores disto que sou eu.  Me explicam e me justificam

Paro e me observo para me saber. As comidas, os temperos, as músicas, as viagens,  as palavras, escritas e faladas;  a família, as relações, as pessoas, o amor, o coração, sobretudo. Meu mar interior vai crescendo e inundando espaços vazios que me habitaram por um tempo. Derramando entusiasmo, vou me sabendo e aprendendo Poliana (a maiúscula). E Poli são várias.


4 comentários:

  1. Nossa !!!!!!!!
    Que show de poliana ( a minúscula ) e que show de Poliana ( a maiúscula )!!!!!!!!!!!
    Márcia

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  2. I really like to read about you, I really do. People could say many things, but one things I’m sure nobody couldn't deny, you never silent about things that matters.

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