a louca da casa é a imaginação. são estes devaneios autônomos que nos tomam. todos os pedaços de pensamento que ganham vida própria e deixamos crescer indefinidamente. as possibilidades. os personagens. as opiniões inflamadas. os outros. a louca da casa é um livro da rosa montero que me despertou a vontade de escrever sobre tudo e sobre qualquer coisa. a louca da casa é o diabo na rua, no meio do redemoinho.
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domingo, 9 de agosto de 2015
movimento feito sentimento
À medida que ganha corpo, ao passo que eu ganho tamanho, o meu guri vai se revelando um inquieto. Eu que, até há pouco, reclamava todos os dias, com todos, que ainda não o sentia, agora o sinto muito e forte, sinto que tenho companhia o dia inteiro, se comunicando comigo a todo instante. A médica de um dos ultrassons me falou, para minha surpresa na ocasião, que o bebê, o meu guri, era bem agitado, se mexendo bastante, qual um peixinho, nadando no líquido amniótico, pequenino que ainda era.
Hoje, bem crescido, já o sinto bem e carrego no sorriso esta percepção contínua.Toda ocasião que pouso minhas mãos e minha atenção sobre meu ventre, em poucos minutos ele está junto a mim, me causando surpresa e me fazendo sonhar.
É tão gostoso e significativo, meu filho, tê-lo comigo em tudo que faço e amo. Tê-lo fisicamente, dentro de mim e tê-lo em perspectiva, de um futuro muito próximo, dividido. Dividir contigo cada opção de comida, de música, de ideia para a nova casa, de novos objetivos, de tudo que me dá prazer. Imaginar o que você gostaria, o que te faria bem, o que seria você, o que ganharia tua opção e teu desejo.
Imaginar que, por vias ind’ocultas, tudo que me faz sentir bem, que me faz sorrir por dentro, que me dá aquela alegria gratuita, imaginar que tudo isto chega a ti. É outra forma de alimento que te passo, pelas veias que transportam nosso sangue e suspeita-se também fazer entrega de endorfina.
Endorfina caramelizada, ao leite, com flocos crocantes é meu principal objetivo em tudo o que busco ingerir e fazer e sentir hoje, do alimento, à música que ouço, ao exercício físico cotidiano, a tudo, todo dia. E que exercício gostoso! Agora, é tudo teu. É parati. É para te fazer crescer, te fazer sentir bem e te plantar desde cedo este sentimento poliana que minha mãe, a tua avó, me presenteou ao assim me nomear.
O de achar um sorriso escondido em cada peça de teu cotidiano. Endorfina caramelizada. É o que guardo com carinho para você, meu amor, em todas as minhas escolhas. É o que traz este chá que tomo depois das refeições e que escolhi parati, como todo o resto de minhas opções cotidianas, o ‘blueberry bliss’. Porque são lampejos de felicidade que quero trazer a ti. Com sabor de blueberry está gostoso, não?
Fica bem aí, coração, que te espero aqui, te querendo mais todos os dias.
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Ai Doce Poli, que lindo!
ResponderExcluirMe deu saudades da minha barriga :)
Beijos nos dois
Tia Cris.