Com
uma primeira iniciativa surgida ao acaso, grupo Ateliê do Titetê
promove descentralização da cultura via apresentações teatrais em
garagens BH afora!
Trupe completa de frente ao espaço cênico: a garagem! |
Nascido ao
acaso e prontamente vitorioso, o projeto Garagens Periféricas, com improviso e
protagonismo do público, vem contando, nos palcos histórias de descentralização
da cultura.
A ideia surgiu
na surpresa. Em uma apresentação, em parceria com a Cia Faminta de Teatro, em
uma festa beneficente, todos prontos, a tempo e à hora, não havia local para a
peça. Artistas sem palco, conseguiram a cumplicidade de uma senhora vizinha
para se apresentarem na garagem de sua residência e seu banheiro como camarim.
Alguns meses
depois, abriu-se edital na Fundação Municipal de Cultura de Belo Horizonte, o
novo Descentra Cultura. Daí, caldo quente, farinha nele! Deram nome ao recente improviso de sucesso,
fundamentaram e formataram.Ele obteve a maior pontuação dada pela COMIC,
Comissão Municipal de Cultura de Belo Horizonte e assim nasceu o "Garagens
Periféricas" do Ateliê Titetê, coletivo de palhaços e palhaças..
A recepção
da vizinhança foi surpreendente. Os vizinhos, além de comparecer para assistir
às
garagem periférica (!) |
E aí, neste
vínculo que se estabelece, os moradores são considerados não apenas plateia,
mas, promotores da cultura no entorno de suas residências. Além de ceder
espaço, energia elétrica, água e um lanche para os artistas, eles divulgam as
apresentações, que são planejadas com a devida antecedência.
Falando de
futuro, vêm tentando encaixar o projeto em editais. Em 2017, seguindo seu
caráter de descentralização, o levarão a periferias de cidades do interior de
Minas Gerais e na busca de parceiros que possam nos patrocinar. Microfone (ou
melhor, caneta) nas mãos de Cícero Silva, líder do projeto: “E se
você que lê essa matéria, quiser nos ajudar, entra em contato conosco. Eu não
sei se posso deixar o endereço?!? atelietitete@gmail.com” Pode sim, Cícero! Taí, pessoal,
atenção!
O retorno
maior que esperam é a participação efetiva do público comparecendo para
assistir às apresentações, o que vem acontecendo. Esperam ainda, encontrar
apoiadores (empresas e entidades públicas e privadas) que os ajudem a manter o
projeto por muitos e muitos anos.
Com vocês, descentraliza cultura! |
Como
artistas, levam desta ‘jornada’, a certeza de que "todo artista tem de ir
aonde o povo está", como realizadores e produtores culturais, o
aprendizado de que a formação de público no Brasil, deve sempre considerar
outras lógicas de produção que contemple e garanta o acesso das populações
menos privilegiadas economicamente, porque todas as pessoas tem direito ao
prazer proporcionado pela arte.
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