A pegada existencialista em minhas duas últimas incursões ao cinema está, ainda, me tirando o fôlego.
A primeira incursão foi 'Melancolia', sobre o qual já andei passeando palavras por aqui. Intenso, dolorido e belo.
A escolha da vez foi 'A Árvore da Vida'. Filme igualmente belo e tocante, mas, este, absolutamente questionador.
O
filme evidencia e realça a beleza do cosmos e das leis naturais
confrontando-nas com nossas dores e seu permanente questionamento.
Parece nos mostrar todo o tempo o quão maiores e acima de nós estão as
leis que regem o universo. A força e o poder inexorável da natureza. O
que é o humano perto do universo? A força das leis naturais. Da vida. A
Árvore da Vida.
Até
mesmo a câmera, delicada e intensamente, reafirma a natureza em cada
pedaço de nós e de nossas vidas nos ângulos e quadros escolhidos.
E
assim, parece nos mostrar que cada um de nós é deus. A natureza, suas
leis, o homem, o cosmos, TUDO e TODOS, absolutamente sublimes, autônomos
e paradoxal e maravilhosamente coodependentes.
A minha árvore da vida |
bem cuidada, com cerveja! |
É, ainda, um questionamento muito forte de toda e qualquer dor
humana. Toda e qualquer. Na extensão, na razão ou sem razão de ser. Qual
o papel deste que chamamos deus diante da inexorabilidade do sofrer à
condição humana?
Quase morta, gravemente hospitalizada, me foi plantada uma árvore da vida. Diante das leis do universo e de meu corpo universo, acordei de tudo e minha vitalidade acordada cresceu e se multiplicou intensamente, reafirmando as leis da natureza cá comigo e multiplicando a minha já inesgotável vontade de pulso, latejante no meu peito-coração!
É um filme poesia, mergulhado também em filosofia. Delicado e intenso!
Pessoalmente, tive mostras fortes das forças sublimes acima de nós, humanos, demasiado humanos. E, paradoxalmente, o quanto cada um de nós guarda das leis do universo, de deus.
Pessoalmente, tive mostras fortes das forças sublimes acima de nós, humanos, demasiado humanos. E, paradoxalmente, o quanto cada um de nós guarda das leis do universo, de deus.
Quase morta, gravemente hospitalizada, me foi plantada uma árvore da vida. Diante das leis do universo e de meu corpo universo, acordei de tudo e minha vitalidade acordada cresceu e se multiplicou intensamente, reafirmando as leis da natureza cá comigo e multiplicando a minha já inesgotável vontade de pulso, latejante no meu peito-coração!
Porque a minha Árvore da Vida cresce dentro de mim.
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