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terça-feira, 12 de setembro de 2017

saudades 'rosa' do peito coração



O senhor... mire veja, o sertão é, na verdade, longe das lonjuras que o senhor imagina porque o sertão é dentro de nós e está, assim, em toda parte, é do tamanho do mundo. Sertão é o sozinho.

A história do jagunço Riobaldo é a história do inteiro do mundo e é nesta grandeza plenitude que Grande Sertão: Veredas se faz uma obra filosófica romanceada. Ainda por cima de tudo, lírica de não caber na emoção da gente e não saber como lidar com aquelas palavras todas de prosa com o mais que humano dentro do peito-coração de cada um que lê e se transfere pr’aquele sertão e suas histórias do dentro da gente.

Hoje, lendo da transposição do texto Roseano, para o teatro, pela diretora Bia Lessa em terras de São Paulo, tudo o que eu mais desejei, com toda a força da querência que carrego comigo no coração entranhado no peito, foi estar por aquelas paragens e ver este trabalho com meus próprios olhos que deus me deu. 

Porque o sertão é universal e é pessoal. É do mundo todo, mas é íntimo. Particular, de cada qual. Meu sertão não conversa com o seu e ninguém fala a língua dele. 

O sertão é de todos e o sertão é de cada um. O sertão é isto. É o diabo na rua, no meio do redemoinho.

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