O senhor... mire veja, o sertão é, na verdade, longe das lonjuras que o senhor imagina porque o sertão é dentro de nós e está, assim, em toda parte, é do tamanho do mundo. Sertão é o sozinho.
A história do jagunço Riobaldo é a história do inteiro do
mundo e é nesta grandeza plenitude que Grande Sertão: Veredas se faz uma obra
filosófica romanceada. Ainda por cima de tudo, lírica de não caber na emoção da gente e não saber como lidar
com aquelas palavras todas de prosa com o mais que humano dentro do
peito-coração de cada um que lê e se transfere pr’aquele sertão e suas
histórias do dentro da gente.
Hoje, lendo da transposição do texto Roseano, para o teatro, pela
diretora Bia Lessa em terras de São Paulo, tudo o que eu mais desejei, com toda a força da querência
que carrego comigo no coração entranhado no peito, foi estar por aquelas
paragens e ver este trabalho com meus próprios olhos que deus me deu.
Porque o sertão é universal e é pessoal. É do mundo todo,
mas é íntimo. Particular, de cada qual. Meu sertão não
conversa com o seu e ninguém fala a língua dele.
O sertão é de todos e o sertão é de cada um. O sertão é
isto. É o diabo na rua, no meio do redemoinho.
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