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sábado, 25 de novembro de 2017

o negro na história das telenovelas brasileiras: consciência?


A sessão cineclube hoje foi itinerante! Fizemos um passeio pela história da teledramaturgia do Brasil e, de novela em novela, seguimos conferindo o papel dos atores negros, nelas atribuídos, em roteiro retratando o nascimento de uma consciência afro-brasileira.

“A negação do Brasil: O negro na telenovela brasileira”, produzido e dirigido por Joel Zito Araújo, doutor em Comunicação pela USP, mostra que os negros foram sempre retratados em personagens mais estereotipados e negativos, o que influiu, notadamente, nos processos de identidade étnica dos afro-brasileiros.
Ao propor uma reflexão sobre a questão da ratificação do preconceito, o filme traz à pauta os papéis representados pelos afro-descendentes na história de nossa TV, quase sempre  subalternizados, inferiorizados em função da pouca visibilidade e quando muito, representando estereótipos de jagunços, feitores, delegados e empregados domésticos.

 Os personagens negros deixavam, sempre, uma percepção de subalternidade e  as novelas trazem uma reconstituição muitas vezes adocicada da história da escravidão.  

Com o passar das décadas, eles crescem na consciência do papel que representam e também, na parte que lhes cabe nos roteiros, mas, no século XX, ainda vemos histórias carregadas de muito preconceito.

Neste ponto, nos perguntamos o quanto as novelas nos refletem ou nos moldam o perfil, a opinião e as atitudes. Diante dos índices de audiência que alcançam, têm forte papel na formação da opinião-pública média do telespectador brasileiro. Fica, a (triste ) conclusão que pensamento brasileiro é, em grande medida moldado pela Globo e por suas telenovelas onipresentes!

Diante de sessão a um só tempo, educativa e interessante, fica a vontade de crescimento da participação do cineclube, dotando-o de um papel social e trazendo atores de nosso universo social para estas histórias nas telas. Nas celebrações, nas datas importantes, nos temas dignos de protestos. A sessão de hoje alimentou a vontade de mais!


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