Estudando muito, com o agravante seríssimo de ser véspera de
feriado e de ser até tardão da noite (tardão dependendo dos objetivos de sua noite,
claro!), eu tenho, sem dúvida, que me reconhecer e premiar.E hoje foi na categoria da madrugada: Serra Malte mais uma pizza portuguesa, cruel nos detalhes saborosos. Feita por mim, carregada nas particularides de meu paladar e meu perfil de virginiana detalhista!
E confesso aqui que eu to ficando boa nisso! A auto-recompensa
está virando um vício! TUDO tem suas peças e personagens definidos no detalhe e
é, ainda por cima, tudo muito adornado por rituais. Desde a música para acompanhar, a qualidade das coisas todas, o modus operandi na cozinha, etc e tal... Ah...e os detalhes!!! Estes são peça chave!
E pensando cá comigo indagorinha, depois de muito
estudo, com uma Serra Malte em punho para me animar a soneca, achei a razão de
ser de tudo tanto!
São duas explicações, mas que ficam bem juntas e misturadas.
Pode ler e depois somar!
Número um: em meios
aos processos de recuperação de um trauma traumático como o meu ( o eterno
acidente, claro!), entrei numa onda meio Jung, pela reconstrução de meu ‘self’ que estava perdidinho em meio a muita memória desencaminhada, mais referência
deslocada e raciocínio deficiente.
Bem, e aí que me reconstruindo, esbarrei em meu ‘self’ de
outra língua e vem a razão número dois da minha fase auto recompensatória em tudo tanto!O ‘self’ do Jung trombou no ‘eu mesmo’ do Riobaldo Rosa! Paixão antiga, aquela que sempre
mexe com a gente, não precisa nem de memória. Bastou bater o olho na página do
Grande Sertão e já foi tudo voltando num alumiado clarão para que eu me reafirmasse
fortemente, ‘eu sou é eu mesmo’, uma quase legenda minha.
Peraí, confundi todo mundo, né? O que tem a ver com o que? Calma lá... olha só: tudo começou com esta foto
da pizza ‘portuguesa com certeza’, junto a uma Serrinha (Serra Malte, na
intimidade!) e mais o computador de lado (confesso que foi só para fazer cena!).
Bueno, aí falei de meu último e já duradouro vício de auto recompensas. E aí do prefixo auto, pulei para o equivalente self em inglês, lembrei do Jung e cheguei em sua tradução pelas veredas do Riobaldo no sertão. Sou eu me centrando em ninguém menos que em mim mesma, no self, me, myself, I ! É isto!
Expliquei.
Meus presentes para mim mesma, o self e eu mesma. Somos
todos, juntos e misturados, personagens nesta história, que nem a dona, sem pé
nem cabeça!
Assim, focada no self e no intenso resgate do eu mesmo, me tornei meu próprio objetivo e fiquei mais auto centrada que nunca fui. Mesmo. Deu pra
sacar?
E não vou nem reler para não desistir de postar tanta
bobagem junta e misturada (já usei esta expressão neste texto umas três vezes,
né?!). Ah!! Me deixe quieta, rapaz!!