Translate

sexta-feira, 29 de abril de 2011

outras facetas de minha recuperação!!!

Revisitando, recordando, revivendo... Na minha incansável trilha terapêutica, em todo e qualquer campo, todo e qualquer detalhe, cumpro também com uma (deliciosa) terapia mnemônica em formato película! Esta semana meus exercícios foram: O Jardineiro Fiel e A Viagem de Chihiro.

Começando com O Jardineiro Fiel e me limitando aos adjetivos; sutil e delicado, mas contundente e intenso. Se é que estes adjetivos se aceitam, assim, complementarmente! Resvalando para o terreno verbal: sensibiliza e informa, mas por vezes engasga e machuca.

O filme denuncia o mundo das multinacionais farmacêuticas que testam novas drogas em miseráveis populações terceiro-mundistas.

Ótimo! Desconcertante...

A Viagem de Chihiro é um exemplar único no gênero. Animação particularmente fantasiosa e onírica! 123 minutos de pura arte! A escolha pela animação talvez se justifique como única possível para exprimir tantas idéias e personagens surreais!

Singular jornada pelo mundo da fantasia com nuances lúdicas e alegóricas! Nenhuma sinopse consegue explicar todas as sutilezas e meandros de uma história que, além desta riqueza de detalhes, traz extenso (e intenso) conteúdo simbólico!

Este pedaço da terapia mnemônica está me proporcionando ótimas 'viagens'!!!

domingo, 24 de abril de 2011

Caio F. : ontem, hoje e sempre

Tenho passado um bom pedaço de meus dias em companhia de Caio. Estou relendo Pequenas Epifanias, antes de me entregar à leitura de sua biografia. E estou já entregue. Caio me conduz o pensamento, o olhar, o coração.

Brincando com palavras em uma 're'construção da língua, em uma construção de sentido absolutamente pessoal. Nos conduzindo entre referências mil. Misturando universos literal e figurado em tempo integral. Conotando novos significados plenos de sentido em nossas vísceras todas, em nossa alma. Palavras de maiúsculas implícitas. Sentido maiúsculo.

Acabo cada crônica, fecho o livro, fecho os olhos e respiro fundo. "E se estendo a mão no meio da poeira de dentro de mim, posso tocar também em outra coisa. Esta pequena epifania."

segunda-feira, 18 de abril de 2011

PAULINHO DA VIOLA in concert

A melhor descrição do Paulinho, escutei ao final de seu show na Virada Cultural: " O homem que melhor rima genialidade com simplicidade.". Ao que acrescento: Além da rima ortográfica, silábica, fonética, óbvia, a mistura de genialidade e simplicidade que Paulinho nos traz, é, principalmente, em sua música e sua pessoa.............................................................................. Em um repertório composto majoritariamente de obras primas, Paulinho nos presenteou com suas pérolas, recheadas de sutileza e de sua notória elegância. A platéia, extasiada, acompanhou em cada canção............................................................................................................................ O show atrasou bastante para os padrões Virada e eu estava, a princípio, muito cansada. Assim, o cansaço extremado dirigiu meus planos: iria assitir meia hora de show e iria embora, morta que estava. Mas foi a voz do Paulinho me atingir, comunicar-se 'mnemonicamente' com minhas emoções para me desarmar, alterar meus planos e dar fim ao meu cansaço................................ Ele começou o show com Coração Leviano e "não sabe o que fez do meu"! Enquanto Paulinho estava no palco, eu não conseguia sequer pensar em tirar os pés dali e privar meu espírito de tal catarse, tamanho torpor............................................................................................................. Mas a delicadeza e a elegância ali condensadas me inebriaram e me deram um alegria incontida de estar vendo aquele show, ouvindo aquela música, aquela voz, aqueles acordes, aqueles significados todos. "Não sei se toda beleza de que lhes falo, sai tão-somente do meu coração."..... ..................E a beleza toda, afinal, "não é só isto que se vê, é um pouco mais". Era Paulinho da Viola mais uma Orquestra de Cordas. Sofisticação Instrumental dos Sambas, absoluta. Mais uma vez, elegância! Os elegantes sambas do Paulinho regidos pela Orquestra de Cordas de Curitiba.................... Ahhhh Paulinho... " quando vi você passar... senti meu coração apressado, todo meu corpo tomado, minha alegria voltar..."

quinta-feira, 14 de abril de 2011

dor e delícia...

A perda da memória torna todo e qualquer pedaço de passado uma grande descoberta. Uma descoberta seguida de reconstrução. Você se reencontra e se reconstrói permanentemente, a partir de cada detalhe, cada pedacinho de lembrança. Agendas, fotografias, emails, cartões, causos... Tudo, tudo torna-se alicerce desta personalidade afoita por todos os pequenos detalhes que fazem parte desta recomposição. Cada palavra de um texto teu torna-se fonte de um mundo de descobertas e outro mundo de questionamentos. Cada vírgula. . . Assim, você se descobre coletando, assimilando partículas do passado, se alimentando delas e se reconstruindo o tempo todo. Difícil? Por vezes é sim, e muito! O mais doloroso é se descobrir por vezes, várias, incapaz de coisas que eram naturais em você. Quase uma extensão. Um anexo de sua personalidade. Coisas quase óbvias que se tornam naturalmente difíceis, beirando a impossibilidade. Fatos para os quais TE CONTAM que você era muito articulada. Sim, porque você não se lembra e não sabe ser mais. . . Muitas lágrimas. Às vezes doem muito todas estas ausências de memória. Do que já fiz, do que já gostei, de quem já fui, e pouco a pouco, volto a ser, por gritos imperiosos da personalidade. Mas dói. . Mas se você se descobre capaz de lidar com estes degraus todos, estes degraus desumanos, você encontra caminhos vários, graça, sorrisos, aprendizado, crescimento, carinhos, amizades. Desmesurados. E a capacidade de se refazer, reconstruir, reabilitar, todo e qualquer 'RE', com a consciência em órbita, é um privilégio desmedido. . . Sim, porque ser Poliana implica nesta permanente busca pelo lado positivo. Apesar dos pesares... E meu 'jogo do contente', o que me dá nome, me lista vários motivos para rir, incontáveis resultados positivos. . . Olhar para traz e ver muitos degraus abaixo de mim. Muitos acima também, claro, mas ver que meu caminho se desenha em subidas. Contínuas. Minha releitura de momentos 'bancos de escola': movimento ascendente uniforme! . Ser capaz de se reconstruir em cada detalhe. Olhar para si 'de fora', saber quem ou como você era e se reconhecer dentro de si. Ou não. Optar por um ângulo diverso, se reavaliar e buscar uma reconstrução efetiva. Ter opção de optar. . . . Entre contínuos altos e baixos, entre algumas lágrimas, alguns engasgos, sorrisos vários , abraços muitos e carinhos mil, alimento permanentemente este meu processo de reconstrução. Às vezes, me perturbo e me machuco com algumas olhadelas para trás. Mas então todos estes meus amigos, amores de mi vida, minha família, me viram o rosto e me mostram que tenho um conforto afetivo descomunal e um mundo de possibilidades à minha frente. . Que eu sou Poliana.

domingo, 10 de abril de 2011

The National SP - "Vanderlyle Crybaby Geeks"

DO I NEED TO SAY ANYTHING? I FEEL MY HEART AS A GIANT INSIDE ME WHEN I LISTEN TO THIS AND WATCH THE VIDEO, WHAT REMINDS ME THE MOMENT I'VE LIVED RECENTLY!!!! AWESOME!!!!!!!

an ordinary day - all around the world

O doc. da vez no É Tudo Verdade foi 'A Vida em um Dia'. Composto por imagens geradas por milhares de pessoas, em toda esquina do mundo, mostrando a composição de seus dias e respondendo a algumas questões simples, todos. O mais interessante neste doc. é a constatação deste paradoxo, contra-senso, contradição que somos todos: observar o quão próximos e o quão distantes estamos (e somos) de todos em nossos rituais quotidianos, nossas atitudes, nossas tarefas. Estamos, por um lado tão absolutamente próximos de alguém que vive do outro lado do planeta, em um modo de vida tão incomum, se comparado ao nosso, tão isolado, tão peculiar. Por outro lado estamos plenamente conectados por atitudes e respostas básicas ao que se nos apresenta. Nosso link algo óbvio é o simples fator humano. Nosso denominador comum. E nossa diferença reside na questão cultural . Os modos e significados construídos para tudo ao nosso redor!

quinta-feira, 7 de abril de 2011

the national - THE concert

Cada música, cada pedacinho do show, aquela voz, aquela cadência sensível e melancólica. Ingredientes do absoluto torpor a que me entreguei. Uma entrega ampliada a cada canção, cada acorde reconhecido. "So Happy I was invited". E ao final, fechando com Vanderlyle Crybaby Geeks, só violões, sem microfones, cantando com a platéia, absolutamente arrebatada. Lindo. Delicioso. Ainda não consegui parar de ouvir as músicas. Me tornei absolutamente monotemática em termos musicais porque cada vez que ouço, renovo em mim todas aquelas maravilhosas sensações que me inundaram durante o show. Catarse plena, absoluto torpor! Porque é como digo naquela minha 'releitura' de Belle & Sebastian: music makes the wheels of my world go round (na versão original, como no mundo, é money. Money makes the wheels on the world go round.) Thus, my world keeps going round by the sound of this lovely and deep soundtrack!!! My soul is touched! Deeply!!!

segunda-feira, 4 de abril de 2011

vocacional, uma aventura humana - Trailer



é tudo verdade: vocacional - uma aventura humana(!!!!)

Eu desconhecia esta iniciativa, este modelo de ensino, adotado por curto período durante a ditadura. Foi, sem dúvida, uma interessante experiência do ensino público brasileiro, uma proposta à frente de seu tempo.


Trazia consigo o 'modesto' objetivo de ensinar a pensar, de tornar os alunos sujeitos de sua história. Produzia uma inquietude criativa, intuitiva, como disse Marcos Frota.


O Vocacional foi criado e dirigido por Maria Nilde, uma pessoa revolucionária em idéias e pensamentos, aclamada a maior educadora que este país já teve.


Havia, a cada bimestre, as chamadas 'aulas plataforma' a partir das quais se definia a estrutura do próximo bimestre, os temas a partir dos quais as disciplinas se desenvolveriam, numa 'atitude' multidisciplinar. As disciplinas todas girando 'concentricamente' em torno de um mesmo tema. Até mesmo as atividades da cantina, da horta, da cozinha, da venda eram parcialmente 'entregues' aos alunos. Além das aulas de história, matemática, geografia, biologia, todas 'colaborando' dentro deste tema único, a cada bimestre. Prática e teoria aliadas para desenvolver este ser humano inserido no meio..


Mas ao ensinar a pensar, tornaram-se inconvenientes para o regime militar. Eram ditas subversivas. A ditadura e o AI-5 puseram fim aos vocacionais.


E vem por aí mais do mesmo. Esta semana, dia 07, haverá duas exibições desse doc. Permitam-se conhecer sobre esta experiência.

domingo, 3 de abril de 2011

é tudo verdade 2011 - primeiras impressões

Já de saída, foram 3 docs, que lhes resumo as historinhas:

A ONDA VERDE

A história dos regimes opressivos é a prova contundente e ostensiva de que o homem é lobo do homem. São histórias recheadas de barbarismos e com cobertura de requintes de crueldade.

As boas aulas de Dona Márcia sobre o Iluminismo, a consequente apresentação do Thomas Hobbes em meio a outros tantos me levam a ver um filme como este e concluir: -É... o Hobbes tinha razão. O homem é lobo do homem. Não precisamos de algozes, inimigos ou coisa que o valha. Nós somos nosso próprio perigo!

A Onda Verde mostra as eleições no Irã em 2009, com linha narrativa montada através de blogs, comentários em páginas do Facebook ou do Twitter, uma vez que o diretor, um iraniano exilado na Alemanha, começou a perceber que os jornais do país não apresentavam um relato confiável do que estava ocorrendo. Não havia imprensa independente no país.


ANGST

O peso, o significado, as consequências, as sequelas da pegada do homem sobre a terra. Todas as conexões, todas as possibilidades. Extenso mapa do tema, cobrindo um amplo espectro de entornos, de ângulos, de visões.


ATERRO DO FLAMENGO

Hein?!?

Sucessão de episódios apresentando a evolução do NADA, do vazio, de coisa nenhuma.

Um plano fechado, um enquadramento, tomada única, um ângulo da câmera do início ao fim e o sequenciamento, apesar de haver, já de início, um 'estopim', se iguala e este conceito coisa nenhuma que citei.

Absolutamente vazio em continuidade. A proposta descrita na sinopse era de uma câmera estática captando, em tempo real, uma cena urbana e as reações das pessoas. Imaginei: pode ser interessante. A ver.

Não tenho qualquer pretensão de afirmar categoricamente: este filme é "assim". Mas se a diretora quis dizer algo, quis passar alguma mensagem, eu não consegui ouvir porra nenhuma! Se existe uma pretensa idéia por trás não consegui enxergar nada em nada. E se o grande lance eram estas reações das pessoas, em tempo real, concluo que nós pessoas, não estamos valendo nada enquanto atores de nossas vidas!


sexta-feira, 1 de abril de 2011

vivendo e re-aprendendo... TUDO

Hoje, finalmente, consegui passar por cima de meus medos, temores e travas todos e fui à uma entrevista de emprego. E foi, de certa forma, a confirmação de algo que eu já intuía, só não sabia o alcance. Sabe aquela conhecida expressão, lugar-comum nosso de cada dia, que diz: vivendo e aprendendo? Pois... não há nada que se aplique tão adequadamente a este pedaço de recuperação que vivo que uma adaptação de tal expressão: vivendo e REaprendendo.

TUDO é um RE-aprendizado para mim. No detalhe. Cada etapa, cada passo, cada pormenor. E a primeira parte desta expressão é muito importante, muito necessária e muito verdadeira. Não posso (e não quero) esperar intuir cada pedacinho de tudo que é parte deste reaprendizado. Não posso esperar, por exemplo, intuir que preciso me formar novamente enquanto leitora. O grande lance é tentar tornar a sê-lo. É dar a cara à tapa e viver novamente esta leitora que estava adormecida em mim e experimentar as dificuldades todas para tal. Re-aprender o significado e a forma de um texto 'Saramaguiano', ou uma poesia, ou um texto absolutamente abstrato e com períodos e orações a perder de vista, virgulando opções, expressões, estórias, etapas, opiniões. 'Num' sem-fim de idéias. Meu momento, portanto, se resume a viver para re-aprender!!!

Re-aprender a falar, a engolir, a caminhar, a correr, a dançar, a escrever, a ler, a me equilibrar, a trabalhar, a procurar emprego, a me emocionar, a lembrar, a sonhar. Reaprender maldades, truques, curvas do caminho, descaminhos.

Re-vivendo e re-aprendendo cada passo do caminho, cada vírgula do texto de minha vida. Porque meu motor tem uma força incomensurável e um ótimo combustível chamado vontade de vida! Em todos os sentidos, todos os tempos, todas as viagens, todas as relações, todos os sentimentos. Todo o sentimento.